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Médico contratado ilegalmente é alvo de operação da PF que investiga desvio de R$ 1 milhão em MT

PF investiga médico que foi contratado para atuar em cidades de MT e RO que ficam a mais de mil km uma da outra. Operação Onipresente cumpre busca e apreensão em casa, consultório e secretaria.

Data: Quarta-feira, 13/03/2019 09:07
Fonte: G1 MT

A contratação ilegal de um médico no município de Salto do Céu, a 383 km de Cuiabá, é alvo da Operação Onipresente, deflagrada nesta quarta-feira (13) pela Polícia Federal de Mato Grosso.

O nome do médico não foi divulgado. A Prefeitura de Salto do Céu não se pronunciou sobre a operação.

Três mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz federal Rodrigo Bahia Accioly Lins, da 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres, a 220km da capital, e estão sendo cumpridos em operação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU).

A PF faz buscas em uma residência, um consultório médico e uma secretaria municipal em Salto do Céu.

De acordo com a assessoria da PF, os pagamentos ao médico teriam desviado mais de R$ 1 milhão. Ele era investigado pela polícia por ter recebido altos salários da Prefeitura de Salto do Céu e de Ariquemes, Rondônia.

A cidade rondoniense está localizada a 1.113 km de Salto do Céu, o que tornava impossível a prestação do serviço nos dois locais.

Segundo a PF, a operação tem o objetivo de apreender provas relacionadas à contratação ilegal do médico. Esta é a segunda fase das investigações que visam combater desvios de recursos públicos federais no município.

No mês passado a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do prefeito de Salto do Céu, Wemerson Adão Prata (PP) e na sede da prefeitura durante a Operação Trapaça, que investiga fraudes em licitações envolvendo supostas empresas de fachada.

 

Investigações

 

As investigações indicam que de 2014 a 2017 um médico teria recebido salários vultosos da prefeitura de Salto do Céu.

Informações do governo de Rondônia apontam que o mesmo profissional, no período de março de 2014 a março de 2016, trabalhou na Delegacia Regional da Polícia Civil em Ariquemes, cumprindo 40 horas semanais.

Diante dos fatos, concluiu-se que os cerca de R$ 780 mil pagos ao médico pela prefeitura foram indevidos, devendo ser restituídos aos cofres públicos.

As diligências ainda mostram que o médico recebeu mais de R$ 1 milhão em contratos com o município.

Em razão disso, atendendo a um pedido da PF, a Justiça Federal em Cáceres determinou o sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores do investigado até o limite de R$ 1,1 milhão para garantir o ressarcimento ao poder público.

O profissional foi afastado das funções que continuava exercendo até a presente data. Outros servidores públicos também são investigados por permitirem a suposta prática ilegal.

O nome da operação é uma referência a seres dotados de poder especial, que detêm o poder de estarem presentes ao mesmo tempo em diferentes locais.