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Medeiros aposta que pressão popular fará Coaf continuar no Ministério da Justiça

Data: Terça-feira, 14/05/2019 16:53
Fonte: Olhar Direto

Mandado de volta ao Ministério da Economia, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) poderá voltar para o comando do ministro Sergio Moro, da Justiça. A aposta é do deputado José Medeiros (Pode), vice-líder do Governo Bolsonaro. Para o parlamentar, a MP 870/2019 – que institui a reforma ministerial – sofrerá novas alterações nos Plenários da Câmara e do Senado para atender a uma “pressão popular”.

“A grande maioria deve derrubar essa votação que teve na comissão, porque eu sinto isso lá no Plenário. Ninguém quer colocar a digital nisso, até pela pressão que houve em cima dos deputados. Em todos os Estados fizeram memes, essa coisa toda. É uma pressão muito grande, então a tendência no Plenário é isso mudar. Para o Governo o prejuízo não é tão grande, porque se ele volta para a Economia vai estar com o Paulo Guedes, e todos os dados que o Moro pedir vão estar à disposição. Mas a sociedade já vê que se tirou do Moro, é porque está querendo enfraquecer o Moro. A discussão não está muito lúcida, a população está com uma ideia de que se tirou de lá é porque querem trambicagem, mas não é bem assim. Só que a população não quer saber, ela quer com o Moro”, observou Medeiros, em entrevista à Rádio Capital FM.

A MP 870/2019 reorganizou a Esplanada dos Ministérios, com a extinção de pastas e a transferência de órgãos, e está em vigor desde o início do Governo Bolsonaro. Alguns ministérios foram renomeados ou fundidos e outros foram criados (veja detalhes na infografia abaixo). O texto reduz de 29 - no final do Governo Michel Temer - para 22 o número de órgãos com status ministerial.

Na semana passada, a comissão de deputados e senadores que analisa a MP aprovou um destaque que transfere o Coaf para o Ministério da Economia, onde estava até o ano passado. A mudança impôs uma derrota a Sérgio Moro, que cobrou a chefia do órgão como uma das condições para assumir o Ministério da Justiça e de Segurança Pública.

Dos representante de Mato Grosso que integram a comissão, apenas a senadora Selma Arruda (PSL) votou pela permanência do Coaf no Ministério da Justiça. Votaram a favor do retorno do órgão para o Ministério da Economia o deputado Valtenir Pereira (MDB) e o senador Jayme Campos (DEM).