Estes pneus velhos e dentre eles, muitos inservíveis, se acumulam num amontoado no pátio da desativada Escola Agrícola Arthur Pinoti, em Juara transformando o local em vetor do mosquito transmissor da dengue.
Os pneus ali amontoados são oriundos de borracharias e de empresas que descartam o produto para depois serem carregados pro uma empresa que trabalha no ramo de reciclagem, porém, esta situação não pode continuar da maneira como está sendo tratada e o patrimônio público precisa ser melhor cuidado, pelo menos é o que pensa o vereador Salvador Pizzolio (PRB).
O parlamentar esteve no local e disse que vai levar esta questão ao Poder Executivo e até já usou da tribuna da Câmara Municipal sugerindo que a garagem municipal seja transferida com toda a sua estrutura, para a antiga escola e assim transformaria aquele local num ambiente aproveitável para a municipalidade.
“Aqui tem toda as condições para instalar a garagem municipal, espaço para escritório, espaço para almoxarifado, espaço para o lava-rápido e para as oficinas. Além disso há também espaço para guardar todo o maquinário que hoje se acumula no pátio no centro da cidade. O dinheiro que foi gasto na administração anterior, na tentativa de ocupar a GOIAZEM poderia ter sido aplicado na adequação deste local e mudar para cá a garagem da Prefeitura” observou Pizzolio.
Para a reportagem do Grupo Amplitude de Comunicação, o vereador garantiu que vai insistir para que as desativadas instalações da Escola Agrícola Arthur Pinoti sejam retomadas pela Administração Municipal e o local onde é hoje a garagem seja limpo e fique apenas para o estacionamento de ônibus do transporte escolar e carros baixos pertencentes a municipalidade.
Os pneus depositados no pátio da escola agrícola de Juara vão para reciclagem.
Desde 1999 há uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente que pede para que as indústrias de pneus brasileiras ofereçam uma destinação ambientalmente correta para os pneus usados. Esta norma foi criada devido aos malefícios que o material pode causar ao meio ambiente já que o pneu demora cerca de 600 anos para se decompor.
A maioria dos pneus descartados é reformado e retornam posteriormente à indústria que os fabrica. Isso é feito há mais de 60 anos no Brasil e também aquele pneu que não serve mais, ou seja, que não é possível ser reformado, precisando ser aproveitado de outra maneira – é o chamado pneu inservível. O produto pode ser transformado em solados, persintas (usadas na estrutura de móveis estofados), asfalto, tijolos de concreto, matéria-prima para produção de energia em cimenteiras, entre outros.
No Brasil, uma das formas mais difundidas de reaproveitamento do pneu inservível é como combustível para as indústrias de cimento, cuja utilização para esses fins tem sido incentivada por meio de leis estaduais. Se todos os pneus coletados fossem transformados em matéria-prima para o asfalto ecológico seria possível pavimentar uma boa parte das vias do país e com menos gastos para os cofres públicos.
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