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Coronel suspeito de participar de um esquema de grampos ilegais em MT cita envolvimento de ex-procurador-geral

Réu alega que equipamento usado para interceptações telefônicas clandestinas pertenciam ao Gaeco e haviam sido cedidos com autorização de Paulo Padro.

Data: Quinta-feira, 18/07/2019 14:55
Fonte: G1 MT

Em interrogatório na Vara Militar, o coronel Evandro Lesco, suspeito de comandar um suposto esquema de interceptações telefônicas clandestinas, citou o envolvimento o ex-procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Paulo Prado, no suposto esquema. De acordo com o depoimento do PM, as placas usadas nos grampos eram do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

Por telefone, o procurador Paulo Prado disse que só deve se pronunciar depois de conhecer o teor dos depoimentos.

Durante o depoimento do coronel Zaqueu Barbosa, após o contato feito por Paulo e Pedro Taques em 2014, o coronel Celso Barbosa teria trazido do Rio de Janeiro duas placas de interceptação de telefone. Zaqueu teria passado o equipamento para Lesco, que teria entregue ao cabo Gerson.

De acordo com os coronéis, Gerson tinha conhecimento técnico pra implantar o sistema, utilizando as placas.

No final do depoimento, Zaqueu citou que depois de ver as placas o cabo Gerson disse a ele que elas eram do Gaeco.

Sobre as placas, o coronel Lesco, contou uma versão diferente ao ser interrogado. Ele disse que não apenas o procurador-geral, mas outros procuradores, além de cederem as placas para o funcionamento do sistema, também usaram as interceptações para obter informações sobre investigados.

Entre as pessoas que teriam sido ouvidas indevidamente por ordem dos promotores estavam a ex-primeira-dama do estado, Roseli Barbosa e a filha de José Geraldo Riva, hoje deputada Janaína Riva. Entretanto, na época, o alvo da escutas seria o pai dela.

"Não fosse a iniciativa dessa placa ser doada pelos promotores, não precisaríamos estar aqui hoje", afirmou Lesco.

 

Ação do MPE

 

O atual procurador-geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), José Antônio Borges Pereira, solicitou uma investigaçãopara apuar informações relacionadas à doação da placa de computador da marca “Wytron”, utilizada para realização de escutas telefônicas, que seria do Gaeco para o escritório clandestino, supostamente montado por Pedro e Paulo Taques, com o apoio de policiais militares.