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Justiça de MT extingue processo contra ex-bicheiro por lavagem de dinheiro e peculato

Crimes teriam sido supostamente cometidos entre 1999 e 2002. A decisão é do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e atende a um pedido do Ministério Público.

Data: Sexta-feira, 06/09/2019 14:55
Fonte: G1 MT

A Justiça de Mato Grosso extinguiu um processo contra o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro réu por peculato e lavagem de dinheiro, crimes supostamente cometidos entre os anos de 1999 e 2002. A decisão é do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e atende a um pedido do Ministério Público (MP-MT).

Arcanjo foi preso durante a operação Mantus, em maio deste ano. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica e cumpria no regime semiaberto.

Somadas, as penas do ex-bicheiro chegam a 82 anos e seis meses de prisão, por crimes que vão de crimes de assassinatos a lavagem de dinheiro e contrabando.

De acordo com o processo, o MP solicitou a extinção da punibilidade sob a alegação da prescrição da pretensão punitiva antecipada, fundamentando o pedido “no princípio de economicidade processual, por vislumbrar a falta de interesse de agir”.

Além de Arcanjo, outras seis pessoas são réus no processo. A decisão beneficia a todos.

Para o magistrado, elementos no processo apontam a falta de interesse de agir do Estado, “uma vez que a continuidade da instrução criminal implicaria tão somente em esforço inútil, que culminaria, após a consolidação da pena em concreto, com a mesma extinção de punibilidade”.

 

João Arcanjo Ribeiro

 

João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.

No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio.

A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.

O ex-bicheiro voltou a ser preso em maio durante a Operação Mantus, acusado de comandar uma organização criminosa, de lavagem de dinheiro e de atuar no jogo do bicho em Mato Grosso.