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PM confessa que segurou enfermeira e marido da vítima a espancou até a morte

Data: Quarta-feira, 09/10/2019 14:28
Fonte: Olhar Direto

O cabo da Polícia Militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi afirmou durante depoimento à Polícia Civil que segurou a enfermeira  Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, para que o marido dela a espancasse. As agressões resultaram na morte da vítima. De acordo com ele, Ronaldo Rosa queria apenas dar um susto na esposa, mas a situação acabou saindo do controle. Zuilda estava desaparecida desde o dia 27 de setembro e foi encontrada na manhã de terça-feira (8), em um corrego na zona rural de Sinop (420 Km de Cuiabá).
 
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz, o suspeito disse que a intenção era apenas dar um susto na vítima, simulando uma tentativa de assalto. O policial afirmou ainda que as agressões foram realizadas pelo marido da enfermeira, que está foragido desde que soube da localização do corpo.

No veículo da vítima foram encontrados sinais de sangue e tufos de cabelo, caracterizando a agressão. O delegado aguarda a prisão de Ronaldo para confirmar a versão apresentada pelo policial.

O caso

Conforme o boletim de ocorrência, o marido de Zuilda procurou a delegacia para registrar o desaparecimento da enfermeira. No veículo dela foram encontrados sinais de manchas com sangue e fios de cabelo. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão. Como ele estava trabalhando com venda espetinhos, deixou a mulher em casa e voltou ao trabalho. Como ela não apareceu, ele resolveu retornar por volta das 20 horas.

Na casa, o homem constatou que a mulher e uma Toyota SW4 preta não estavam no local. Como disse ter achado que ela estava na igreja, resolveu voltar para o trabalho. Já por volta das 21 horas, encontrou a caminhonete estacionada em frente a residência e trancada.

A Polícia Militar de Mato Grosso se manifestou sobre o caso por meio de nota. Leia na íntegra abaixo:

O Comando do 3º Comando Regional da Polícia Militar, com sede em Sinop, informa que tão logo tomou conhecimento da acusação que pesa sobre o soldado PM determinou que oficiais militares acompanhassem as ações da Polícia Civil com o intuito de colaborar para o esclarecimento do homicídio da enfermeira e a participação do militar. Nesse sentido, desde a tarde e ontem(07) uma equipe do 3º CR diligencia conjuntamente com a Polícia Civil.

O soldado em questão está já estava afastado das funções militares respondendo processo demissório. E a PM esclarece que por se tratar de crime cometido fora no exercício da função militar a apuração ocorre na esfera civil, nesse caso específico na Delegacia de Homicídios de Sinop. 

Todavia, a conduta do policial será objeto de apuração interna na PM, por meio da Corregedoria. A PM de Sinop permanece à disposta para auxiliar as investigações e reforça que o compromisso diário da instituição é em defesa da sociedade.