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Marido de enfermeira morta e PM são indiciados por feminicídio e ocultação de cadáver em MT

Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, foi encontrada morta depois de mais de 10 dias de desaparecimento. Corpo estava em um córrego, com marcas de mutilação.

Data: Domingo, 20/10/2019 08:50
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O marido da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, e um policial militar foram indiciados pela Polícia Civil pelo assassinato dela, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. Ronaldo da Rosa, de 32 anos, e Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, foram indiciados por feminicídio e ocultação de cadáver. Os suspeitos do crime estão presos.

Segundo o delegado Carlos Eduardo Muniz, o inquérito foi concluído e será encaminhado à Justiça nesta sexta-feira (18).

Zuilda ficou desaparecida por mais de 10 dias. O corpo dela foi encontrado em um córrego no dia 8 deste mês, em Sinop, depois da prisão do policial militar, que confessou o crime e indicou o local onde o corpo tinha sido deixado. Ele estava afastado da função de policial e prestava serviços no estabelecimento da família.

Ronaldo Rosa foi preso no último dia 11 pela Polícia Civil e já era considerado foragido.

De acordo com o delegado, vítima, o marido e o policial militar estavam em conflito.

À policial, o PM disse que a ideia inicial era apenas 'dar um susto na vítima', simulando uma tentativa de roubo, porém, a situação saiu do controle e eles acabaram matando a vítima.

O policial indicou ainda onde eles ocultaram o corpo da vítima, que foi encontrado a aproximadamente 1,5 quilômetros do local em que foi jogado, uma tubulação de bueiro localizada nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira, no município.

O corpo estava em avançado estado de decomposição, sem um dos braços e sem a cabeça.

 

O desaparecimento

 

O marido de Zuilda foi quem registrou um boletim de ocorrência, no dia 28, relatando o desaparecimento da mulher na noite anterior. À polícia, ele disse que encontrou a caminhonete dela com manchas que poderiam ser de sangue, além de fios de cabelo, indicando sinais de violência.

Na denúncia feita à polícia, o marido informou que convivia com Zuilda há cerca de 10 anos. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão.

Como ele está trabalhando com a venda de espetinhos, na região central da cidade, a deixou em casa por volta de 19h e voltou ao trabalho. Mais tarde, como a mulher não apareceu no espetinho, ele retornou na residência para verificar o que havia ocorrido.

Ronaldo constatou que a mulher e o veículo da família não estavam no local. Com isso, ele relata no boletim de ocorrência que imaginou que ela poderia estar na igreja e retornou para o trabalho.

Horas depois ele afirmou ter encontrado a caminhonete estacionada em frente da casa e trancada.

Ele disse ter entrado na casa, percebido que no quarto faltavam algumas roupas da mulher e dinheiro. E, então, afirmou ter pego a chave reserva, foi até o veículo e constatou sinais de manchas com sangue e fios de cabelo.

O marido disse ainda que estacionou a caminhonete no quintal e que o filho de Zuilda tentou achar o telefone dela e a localização apontou a própria casa da família, mas o aparelho não foi encontrado.