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Siamesas separadas têm 'evolução surpreendente', segundo avaliação médica

As duas seguem internadas em estado grave na UTI do Hospital Materno Infantil, mas equipe avalia que período crítico já passou.

Data: Segunda-feira, 03/09/2018 09:41
Fonte: G1 MT

As gêmeas siamesas separadas que nasceram em Goiânia têm "evolução surpreendente", de acordo com a avaliação dos médicos. As duas seguem internadas em estado grave na UTI do Hospital Materno Infantil, mas equipe avalia que período crítico já passou.

Segundo os médicos o quadro delas é estável, mas estão se recuperando melhor do que o esperado. Débora e Catarina nasceram no dia 22 de agostounidas pelo tórax e abdômen, compartilhando o fígado. Devido ao problema cardíaco, a separação teve que ser realizada de forma emergencial no dia seguinte. A mãe recebeu alta e passa bem.

Catarina já não respira mais com ajuda de aparelhos. Ela está recebendo apenas oxigênio para auxiliar. Já Débora, a irmã que nasceu com problema cardíaco, ainda precisa de tubos para conseguir respirar. As duas estão sendo alimentadas com leite materno por meio de uma sonda.

Os médicos avaliam que, devido à urgência na cirurgia de separação, a recuperação delas é uma surpresa. A cicatrização está muito boa e a quantidade de medicação dada a elas diminuiu. Agora, elas precisam ganhar peso e esperar o processo de cicatrização.

Como Débora nasceu com uma malformação no coração, ela vai precisar fazer uma cirurgia para corrigir o problema. Porém, ainda não há uma data para que o procedimento aconteça, pois ela precisa se fortalecer ainda do processo de separação da irmã.

A siamesa tem uma transposição das grandes artérias, quando a aorta, responsável por levar o sangue oxigenado, está ligada ao ventrículo direito, que recebe o sangue venoso.

O outro problema é uma conexão entre as câmaras do coração, que faz com que os sangue oxigenado se misture com o venoso.

“Mas é essa comunicação que a mantém viva, porque o sangue consegue se misturar e ser oxigenado. Porque senão o sangue estaria indo para o local errado”, explicou o cirurgião cardiovascular Wilson Silveira, que acompanha as gêmeas desde a separação.

Natural de Salvador (BA), a mãe das gêmeas, Viviane Menezes dos Santos disse que chegou ter as vidas das crianças desenganadas pelos médicos, mas que agora está confiante e não vê a hora de voltar para casa com as duas no colo.

"Estou confiante. Acho que, como mãe, meu papel e acreditar. Acreditei lá atrás quando não tinha perspectiva alguma, não vai ser agora que vou deixar de confiar. São minhas filhas e faço o que for preciso. Vou até o fim do mundo por causa delas", afirma.