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Ex-governador tem autorização da Justiça para morar em cidade no interior de MT onde iniciou carreira política após delação

Silval Barbosa é investigado por participação em esquemas para desviar dinheiro dos cofres públicos. Ele chegou a se preso e solto após acordo de delação e usando tornozeleira eletrônica.

Data: Quinta-feira, 20/12/2018 15:06
Fonte: G1 MT

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (MDB), recebeu autorização da Justiça para morar em Matupá, a 696 km de Cuiabá, cidade onde iniciou a carreira política, após acordo de delação premiada. A decisão é do juiz Marcos Faleiros, da Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá.

Silval é investigado por participação em esquemas para desviar dinheiro dos cofres públicos. Ele foi preso em setembro de 2015 e passou quase dois anos na prisão.

O ex-governador foi solto em junho de 2017, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.

Segundo o magistrado, Silval poderá cumprir as medidas impostas no acordo de delação em Matupá, “desde que apresente nos autos o comprovante de endereço de sua residência”.

Antes da decisão, o ex-governador não tinha autorização para deixar a Comarca de Cuiabá, sem comunicar a Justiça.

No pedido ao Judiciário, a defesa de Silval alega qe o ex-governador possui moradia fixa na cidade.

 

Prisão e liberdade

 

O ex-governador foi preso durante a operação Sodoma, que investiga a existência de uma suposta organização criminosa que cobrava propina de empresários para manter contratos vigentes com o estado, durante a gestão dele.

No acordo que fez com a Justiça para deixar a prisão, ele se comprometeu a devolver R$ 46,6 milhões desviados dos cofres públicos por meio da alienação de cinco bens, entre eles duas fazendas, avaliadas em R$ 33 milhões e R$ 10 milhões, e um avião de R$ 900 mil.

Silval foi condenado a 13 anos e sete meses de prisão por desviar, junto com outros integrantes do esquema, mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos por meio da concessão fraudulenta de incentivos fiscais a empresários, por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

O crime foi investigado na Operação Sodoma I, da Delegacia Fazendária (Defaz), ainda durante a segunda gestão de Silval, entre os anos de 2011 e 2014.