Há décadas que os poderes constituídos desse País, principalmente o executivo e legislativo municipais, não atentam para a vertente da Cultura que gera emprego e renda. Também por essa mediocridade administrativa continuamos a ser do terceiro mundo.
Poderia, aqui, me entreter em exemplos e justificativas, quando de países que emergiram economicamente ao focar de forma concreta e estruturada na vertente cultural. Mas o espaço seria pequeno, certamente.
Impressiona ouvir de pessoas que se dizem inteligentes e intelectuais que a Cultura não gera satisfação, é tão somente despesas. Pobres de conhecimento do mundo.
O mestre Ariano Suassuna tinha razão, ao dizer: “ Em um País tão rico culturalmente como o nosso é uma sandice, uma paralisia mental, a afirmação de muitos políticos, por exemplo, de que investir em cultura é irrelevante. Essa gente é pobre”.
O que aparentemente parece supérfluo é na verdade o essencial; a atividade cultural, em todas as suas instâncias, há muito tempo foi percebida, por diversos países (Grécia, China, por exemplo) como vertente de desenvolvimento econômico.
O chamado “período das trevas”, lá na era medieval, que outra luz não foi importante a não ser as reflexões através das artes realizadas no casulo dos mosteiros?
O futurista Jean Jacques Rosseau, em meados de 1757, bradou frente aos cegos daquela época, quando dizia que, se o solo era ingrato ou a região muito pobre em favorecer a agricultura e seus dependentes, deveriam os governantes concentrar suas atenções para a indústria da arte, pois ela será sempre fonte inesgotável.
Sim, a Cultura tem todos os predicados socioeconômicos para fomentar o desenvolvimento local. E nós, brasileiros, ainda passando fome...
Votaremos a nos encontrar, aqui, na coluna!