A Polícia Federal acredita que a quadrilha de tráfico internacional de drogas alvo da operação Flak nesta quinta-feira (21) atua há pelo menos 20 anos. Os primeiros indícios de atividade são de novembro de 1999. Naquele ano, João Soares Rocha, apontado como chefe do grupo, fechou uma parceria com Leonardo Dias de Mendonça para administrar a Fazenda Paranaíba, no Pará.
Três anos depois, a propriedade rural foi sequestrada pela Justiça. A acusação era de que Mendonça, então considerado um dos maiores traficantes do país, utilizava pistas de pouso clandestinas na região para o transporte das drogas. Uma das pistas seria na fazenda. O caso foi durante a operação Diamante, também da PF.
A esposa de João Soares Rocha conseguiu reaver a fazenda na Justiça em 2006 e o imóvel é utilizado pela família até hoje. Na época ela alegou ser a real proprietária da terra e desconhecer as atividades ilícitas.
Para a PF, a negociação entre Rocha e Mendonça em 1999 é um indício de que o grupo desarticulado nesta quinta já atuava no narcotráfico desde então.
O grupo foi alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (21). Ao todo, agentes tentam cumprir 55 mandados de prisão contra envolvidos no esquema. Até às 17h o balanço da PF apontava que 28 pessoas tinham sido presas. A PF indicou que vários flagrantes registrados nos últimos anos em todo o país podem estar relacionados ao grupo.