O Ministério Público Federal e o Ministério Estadual, através da promotoria civil de Juara reuniram centenas de pessoas no Centro de Eventos da ACRIVALE, para debater os impactos que serão causados caso se construa no Rio Arinos, região da Comunidade Pedreira, a Usina Hidrelétrica Castanheira, em Juara.
Especialistas em economia, energia elétrica, meio ambiente e biologia fizeram uma explanação sobre as mudanças que uma usina causa onde se instala. Por outro lado, mostraram que o investimento é grande e pode deixar benefícios para o município, desde que para isso haja uma boa conversação entre os agentes envolvidos, tanto da Prefeitura, Câmara, universidades e principalmente, os ribeirinhos, famílias que tem suas propriedades as margens do Rio Arinos e que serão os afetados diretamente com o enchimento da barragem.
Os proprietários rurais da Comunidade Pedreira/Gleba Palmital e as comunidades indígenas que serão impactadas com a construção da UHE Castanheira, já deixaram bem claro que são radicalmente contra o empreendimento, conforme contou a reportagem do Grupo Amplitude Comunicação, a dona Genir Pivetta, moradora há 40 anos na região.
“Aqui formamos uma propriedade que sustenta a nossa família, entregar tudo para ser inundada por uma barragem, a gente pergunta: Pra que tudo isso? Para onde vamos? Onde fica a valorização da vida? Não podemos aceitas isso e esta usina não pode se instalar aqui. Todos os proprietários estão unidos e lutando contra esta iniciativa” disse a sitiante.
Na avaliação do Procurador da Republica, Erich Masson, que participou da Audiência Pública em Juara, o evento foi satisfatório, pois abriu espaço para que as pessoas se manifestassem sobre o empreendimento. Por sua vez, o promotor de justiça, Herbert Dias Ferreira, também destacou como importante os debates sobre a UHE Castanheira disse que a população precisa falar mais sobre esta questão.
“Todas as vezes que o Ministério Publico for provocado, que a população precisa de nossa interferência, certamente o órgão estar é presente. Avalio como positiva esta audiência e todos os entes envolvidos na questão foram convidados, até a empresa que fez os primeiros apontamentos e a que elaborou os estudos até agora. Foi uma boa audiência e outros encontros certamente irão acontecer para que todos possam se aprofundar mais na vinda ou não da usina para Juara” argumentou o promotor.
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