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Justiça solta em menos de 24h após prisão major da PM suspeito de ameaçar promotor e jornalista em MT

A informação é da própria Corregedoria da Polícia Militar, que instaurou inquérito para apurar a conduta do major.

Data: Terça-feira, 05/03/2019 11:37
Fonte: G1 MT

O major da Polícia Militar Wanderson da Costa Castro, suspeito de ameaçar um promotor de Justiça que havia denunciado um soldado da PM, foi liberado pelo Tribunal de Justiça (TJ) menos de 24 horas após ser preso.

A informação é da própria Corregedoria da Polícia Militar, que instaurou inquérito para apurar a conduta do major, que ainda é suspeito de invadir uma emissora de TV em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, e ameaçar um jornalista.

A recepcionista do local tentou impedir a entrada do major no local, mas ele invadiu o estúdio, embora não tenha interrompido o programa. Em seguida, ele teria mandado mensagens por aplicativos de mensagens para o jornalista, que no dia anterior tentava realizar uma reportagem, mas havia sido impedido por um tenente.

A prisão havia sido decretada pelo juiz Wladymir Perri, da 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar, mas foi revogada em segunda instância.

“O Ministério Público do Estado de Mato Grosso cobrou investigação contra o acusado, porque o major Wanderson da Costa Castro tratou de maneira agressiva, questionando a decisão do promotor de Justiça de denunciar o soldado”, disse o juiz.

Além disso, o magistrado verificou que o major responde a inquérito policial pelos crimes de ameaça, lesão corporal e injúria, “o que demonstra a periculosidade do acusado”. Ele também encontrou dois casos de homicídio.

“O que preocupa este magistrado e reforça a convicção para a decretação restrição da liberdade são os registros de antecedentes criminais perpetrados em desfavor do acusado, em decorrência de crimes de homicídios”.

Sobre os “crimes de homicídios’, conforme citação da decisão judicial, a corregedoria informa que tais ocorrências se deram durante o exercício da função policial, sendo que para um dos casos, devidamente apurado pela corregedoria, e que a instrução investigativa apontou excludente de ilicitude. Já o segundo caso ainda está sob apuração.