Conforme apurou o , o acordo para liberar o recurso foi firmado na última quinta-feira (14) durante reunião entre representantes da bancada federal, Prefeitura de Cuiabá, Governo do Estado, Câmara de Cuiabá, Assembleia Legislativa, Santa Casa e o ministro, em Brasília. O encontro foi articulado pelo ex-deputado federal e atual assessor especial da Presidência da República Victório Galli, que confirma o repasse.
No encontro, Mandetta teria deixado claro que para repassar o valor será necessária uma intervenção no hospital filantrópico. Ou seja, o ministro não acha correto entregar tanto dinheiro público para a atual administração da Santa Casa sem fiscalização rigorosa, já que o déficit, contabilizado em R$ 80 milhões por ano, ocorreu na gestão do ex-presidente Antonio Preza.
Galli, segundo apurou a reportagem, sugeriu como medida uma Diretoria Extraordinária com membros dos Governos Estadual e Municipal, além da Assembleia Legislativa, Câmara de Vereadores, Tribunal de Contas, Ministério Público e um representante da própria Santa Casa para garantir a aplicação correta dos recursos públicos. O ministro concordou.
A data para o envio do dinheiro e os detalhes de como ficará a administração do filantrópico será tema de nova reunião nesta terça-feira (19), entre o ministro e Galli, e outra na quarta-feira com os representantes de Mato Grosso. Após nova conversa, será feito o anúncio oficial com detalhes dos repasses.
O recurso extraordinário deve cair direto na conta da Prefeitura de Cuiabá, que será a responsável por repassar os valores.
Desde o dia 11, a Santa Casa paralisou os atendimentos alegando falta de condições pelo fato de atraso em repasses da Prefeitura de Cuiabá.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) emitiu nota, no dia 12, afirmando que estava analisando documentos sobre a viabilidade de fazer repasses financeiros à Santa Casa de Misericórdia, que de acordo com a Prefeitura, teve os pagamentos suspensos por recomendação da Delegacia Fazendária, pois o hospital seria alvo de investigação, o que é negado pela direção da unidade de saúde.
A Prefeitura havia se comprometido repassar o valor R$ 3,6 milhões para custeio de serviços emergenciais.
A nota informa que o Município não é obrigado a cumprir os repasses porque a Santa Casa não cumpriu com o acordo firmado entre as partes.
“Foram repassados R$ 24.866.260 para a instituição, mas os serviços hospitalares que deviam ser ofertados aos cidadãos não foram executados. Sendo o motivo da dívida da Santa Casa com a Prefeitura de Cuiabá”, afirma trecho do documento.
Outro lado
Por meio de nota, a "diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá informou que durante reuniões em Brasília-DF, com o objetivo de buscar soluções emergenciais para a reabertura da Santa Casa, em momento algum o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Secretaria de Governo, General Carlos Alberto Santos Cruz, determinaram a intervenção da instituição como mencionado em veículos de comunicação