Após a publicação de uma série de matérias contendo denúncias contra o ‘Grupo Celeiro’, que davam conta de que a empresa falsificava o rótulo de ‘carnes nobres’ e superfaturava preços, o Instituto De Defesa Agropecuária Do Estado De Mato Grosso (Indea) publicou uma nota técnica afirmando que a denúncia já havia sido investigada em 2018, e, na época, a empresa se adequou às exigências legais. Segundo o instituto, não consta mais no processo de rotulagem aprovado a menção de raça bovina específica.
De acordo com a nota técnica, a Estância Celeiro está legalmente registrada, dentro de todas as normas estabelecidas e atendendo a todos os requisitos estruturais, sanitários e ambientais. Além disso, explicou que, como a empresa está registrada na categoria de Entreposto e fábrica de produtos cárneos, ela está autorizada a receber os produtos cárneos oriundos de abatedouros-frigoríficos registrados no SISE ou no SIF (Serviço de Inspeção Sanitária Federal), o que garante que os produtos recebidos foram produzidos dentro das normas sanitárias.
As denúncias que vieram a público nesta quinta-feira (4), segundo o Indea, são antigas. Em 2018, a Coordenadoria de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (CISPOA), teria realizado todos os procedimentos de averiguação no estabelecimento, sem encontrar irregularidade no local de produção. “A denúncia veiculada em mídia digital veio de forma tardia, pois tal matéria já foi alvo de ações fiscais no estabelecimento em 2018, nas quais a empresa denunciada se adequou às exigências legais, não constando mais no processo de rotulagem aprovado a menção de raça bovina específica”, afirma o instituto.
Leia a íntegra da nota:
INSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO
NOTA TÉCNICA
Em função das recentes publicações e matérias veiculadas na mídia, acerca de denúncia sobre a empresa Estância Celeiro e sobre a atuação de fiscalização sobre a referida empresa, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA/MT, autarquia responsável pela execução do Serviço de Inspeção Sanitária Estadual – SISE sobre produtos de origem animal, vem à público prestar alguns esclarecimentos:
1- A Estância Celeiro está legalmente registrada no SISE sob o nº 091 desde 04 de abril de 2008;
2- O registro da empresa foi feito dentro de todas as normas estabelecidas pela legislação vigente, atendendo todos os requisitos estruturais, sanitários e ambientais;
3- A certificação sanitária do produto é realizada com base em programações de visitas de supervisão pelo Médico Veterinário lotado no Município na qual a mesma está localizada, obedecendo à freqüência estabelecida pelo SISE, e na observância de qualquer irregularidade a mesma é submetida as sanções cabíveis, ações essas equivalentes a todas as indústrias registradas;
4- A certificação é complementada com o ciclo de auditorias realizadas pela Coordenadoria de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal – CISPOA, onde são verificados todos os programas de garantia implementados pela empresa;
5- Os produtos produzidos pela empresa são fiscalizados quanto à documentação sanitária de origem, bem como, são submetidos às análises Microbiológicas e Fisicoquímicas em Laboratório Oficial;
6- Especificamente, como a empresa está registrada na categoria de Entreposto e fábrica de produtos cárneos, a mesma está autorizada a receber os produtos cárneos oriundos de abatedouros-frigoríficos registrados no SISE ou no SIF (Serviço de Inspeção Sanitária Federal), dando garantia que os produtos recebidos foram produzidos dentro das normas sanitárias e estão dentro dos padrões estabelecidos pela legislação sanitária vigente;
7- Todos os produtos produzidos por todas as indústrias registradas no SISE passam pelo crivo da CISPOA, atendendo as legislações específicas, para que o seu processo de rotulagem seja deferido;
Os produtos produzidos pela Estância Celeiro são produzidos dentro das normas sanitárias e de saúde pública não oferecendo risco ao consumidor, sendo a única empresa autorizada no Estado de Mato Grosso a realizar o comércio interestadual, através de processo de reconhecimento de equivalência ao SISBI-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal), validado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
A CISPOA, a partir do conhecimento da denúncia, realizou todos os procedimentos de averiguação no estabelecimento, não encontrando irregularidade no local de produção. A denúncia veiculada em mídia digital veio de forma tardia, pois tal matéria já foi alvo de ações fiscais no estabelecimento em 2018, nas quais a empresa denunciada se adequou às exigências legais, não constando mais no processo de rotulagem aprovado a menção de raça bovina específica.
TADEU AURIMAR MOCELIM
PRESIDENTE DO INDEA