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Sete cidades de MT planejam etnoturismo

Data: Domingo, 07/04/2019 16:22
Fonte: FolhaMax

Sete municípios de Mato Grosso já começaram os preparativos para implementar o etnoturismo. Essa modalidade de turismo envolve a imersão na realidade de comunidades tradicionais. Territórios indígenas, ribeirinhos e quilombolas fazem parte dos locais em que há os moradores se organizaram para planejar a visitação e mostrar sua cultura para o mundo.

Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) mostram que comunidades de Barra do Bugres (168 km a Médio-Norte de Cuiabá), Campo Novo do Parecis (396 km a Nordeste), Nobres (146 km a Médio-Norte), Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte), Barra do Garças (509 km a Leste), Santo Antônio do Leverger (34 km ao Sul), Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul) e Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste) já procuraram se capacitar e estão na fase de planejamento da visitação.

“Mato Grosso tem comunidades com identidades étnicas muito fortes. Já existem algumas iniciativas, mesmo antes de se ter legislação sobre isso. O desejo de fazer etnoturismo tem que surgir da comunidade. A ideia é que eles sejam os protagonistas do processo, que decidam o que vão fazer e o que querem mostrar para os turistas”, explica a coordenadora de Estruturação e Qualificação do Turismo da Sedec, Bruna Mendes Fava.

Iniciativas semelhantes já ocorrem em comunidades do Amazonas e Roraima, onde os turistas, especialmente os estrangeiros, querem conhecer a vivência em uma comunidade tradicional, as festividades, rituais, alimentação. Em alguns casos os turistas passam a noite no local, para ter uma experiência ainda mais imersiva.

“O etnoturismo é uma potência. Muitas comunidades sobrevivem da agricultura de subsistência, mas nem sempre é suficiente, e o etnoturismo é uma possibilidade sustentável de gerar renda”, afirma a coordenadora.

Mas, para colocar em prática esse plano, essas comunidades precisam de investidores. “Podem contribuir empresas que precisam prestar contas de impactos ambientais. É uma forma de não deixar a tradição morrer, fortalecer a economia local e beneficiar as empresas que precisam reduzir os impactos ambientais”.