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MP pede à Justiça júri popular de mandante e executor de chacina ocorrida há 2 anos em Colniza (MT)

Valdelir João de Souza, empresário do setor madeireiro, teve a prisão decretada desde maio de 2017 e está foragido. Ele é acusado de contratar pistoleiros para matar trabalhadores rurais.

Data: Quarta-feira, 10/04/2019 14:03
Fonte: G1 MT

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça que o mandante e o executor da chacina que matou nove trabalhadores rurais em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, há dois anos, vão a júri popular. Valdelir João de Souza, apontado como mandante, é considerado foragido. Já Pedro Ramos Nogueira está preso.

G1 tenta contato com a defesa deles.

O pedido de pronúncia dos dois ainda deve ser analisado pela Justiça.

Além dos dois, outros três também foram denunciados por participação na chacina e estão presos. São eles: Ronaldo Dalmoneck, Paulo Neves Nogueira e Moisés Ferreira de Souza.

Segundo o MPE, os acusados integram um grupo de extermínio denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como matadores de aluguel, sendo contratados para ameaçar e executar pessoas.

A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. Com a morte das vítimas, a intenção do mandante era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las.

Ainda segundo o MPE, o grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km ao longo da Linha 15, assassinando, com requintes de crueldade, aqueles que encontraram pelo caminho, sem dar chance de fuga ou defesa.

 

Foram mortos:

 

 

  • Izaul Brito dos Santos, de 50 anos
  • Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos
  • Samuel Antônio da Cunha, 23 anos
  • Francisco Chaves da Silva, 56 anos
  • Aldo Aparecido Carlini, de 50 anos
  • Edson Alves Antunes, 32 anos
  • Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos
  • Fábio Rodrigues dos Santos, de 37 anos
  • Sebastião Ferreira de Souza, de 57 anos

 

Empresário do ramo madeireiro, Valdelir, o Polaco Marceneiro, como é mais conhecido, está com a prisão decretada desde maio de 2017. A defesa dele disse que ele não se entregou até hoje por considerar sua prisão "totalmente desproporcional e injusta".