O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça que o mandante e o executor da chacina que matou nove trabalhadores rurais em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, há dois anos, vão a júri popular. Valdelir João de Souza, apontado como mandante, é considerado foragido. Já Pedro Ramos Nogueira está preso.
O G1 tenta contato com a defesa deles.
O pedido de pronúncia dos dois ainda deve ser analisado pela Justiça.
Além dos dois, outros três também foram denunciados por participação na chacina e estão presos. São eles: Ronaldo Dalmoneck, Paulo Neves Nogueira e Moisés Ferreira de Souza.
Segundo o MPE, os acusados integram um grupo de extermínio denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como matadores de aluguel, sendo contratados para ameaçar e executar pessoas.
A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. Com a morte das vítimas, a intenção do mandante era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las.
Ainda segundo o MPE, o grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km ao longo da Linha 15, assassinando, com requintes de crueldade, aqueles que encontraram pelo caminho, sem dar chance de fuga ou defesa.
Empresário do ramo madeireiro, Valdelir, o Polaco Marceneiro, como é mais conhecido, está com a prisão decretada desde maio de 2017. A defesa dele disse que ele não se entregou até hoje por considerar sua prisão "totalmente desproporcional e injusta".