Traficantes que atuavam em bocas de fumo na periferia de Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, são alvos da Operação ‘Babilônia’, feita nesta terça-feira (12) pela Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE). De acordo com a Polícia Civil, um dos líderes da organização criminosa cobrava uma ‘contribuição mensal’ para a manutenção das bocas de fumo.
Segundo a Polícia Civil, devem ser cumpridos 82 de ordens judiciais. São 24 mandados de prisão preventiva e 58 buscas e apreensão domiciliar, expedidos pela Justiça contra membros de uma associação criminosa.
A ‘mensalidade’ era de R$ 5 mil para cada boca de fumo. O dinheiro arrecadado era mandado para uma facção criminosa.
Os investigados movimentavam o comércio de drogas em bairros periféricos, como o Pedra 90, Tijucal, Osmar Cabral e região. Do total de mandados, 90% estão direcionados a pontos de distribuição de entorpecentes de Cuiabá. Os demais são para algumas localidades de Várzea Grande.
A investigação foi iniciada há 7 meses com denúncias que evoluíram para apreensões de drogas, prisões de traficantes e detenções de usuários. No total foram criados 15 inquéritos e termos circunstanciados de ocorrências.
A investigação identificou a existência de membros que desempenham funções específicas. O comércio de drogas objetiva angariar lucros, meio de vida para sobrevivência de traficantes, que com a venda de drogas fomentam diversos crimes como roubos, furtos e homicídios.
Um dos líderes da associação criminosa, Ronaldo Nonato, conhecido pelo apelido de Gordão, que atua no bairro Pedra 90, tem enorme poder de influência sobre os demais traficantes, considerados ‘menores’. Ele integra uma facção criminosa, que atua de dentro de presídios, sendo responsável pelo cadastramento das bocas de fumo no bairro.
De acordo com a investigação, o traficante cobra contribuição mensal para manutenção da atividade dessas bocas de fumo. O dinheiro é repassado o dinheiro à facção criminosa.