A Justiça de Mato Grosso solicitou a transferência de um dos acusados de participação na chacina de nove trabalhadores rurais em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, em abril de 2017. Ronaldo Dalmoneck, de 35 anos, foi preso em janeiro deste ano em Ibiúna (SP) ao apresentar nervosismo em uma blitz.
O G1 tenta localizar a defesa dele.
O ofício que pede a transferência foi expedido na quinta-feira (11). No pedido, a Justiça solicita que o recambiamento seja feito com urgência e alega que o governo de São Paulo já concordou com a transferência.
Ronaldo é o quarto acusado preso por participação na chacina. Além dele, estão presos Paulo Neves Nogueira, Moisés Ferreira de Souza e Pedro Ramos Nogueira.
Apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como mandante do crime, Valdelir João de Souza, empresário do ramo madeireiro, é considerado foragido.
Segundo o MPE, os acusados integram um grupo de extermínio denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como matadores de aluguel, sendo contratados para ameaçar e executar pessoas.
A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. Com a morte das vítimas, a intenção do mandante era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las.
Ainda segundo o MPE, o grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km ao longo da Linha 15, assassinando, com requintes de crueldade, aqueles que encontraram pelo caminho, sem dar chance de fuga ou defesa.