A Polícia Militar informou que não irá investigar o caso do sargento J.G.A., de 50 anos, que perdeu um testículo após um disparo acidental. Isso porque a vítima não estava em serviço e portava arma particular.
A PM informa que uma ocorrência dessa natureza não se enquadra na atuação da Corregedoria. O militar, lotado no 4º Batalhão, em Várzea Grande, portava uma arma Taurus 740, na última quinta-feira (18), quandos sofreu o acidente. Ele ficou internado três dias no Pronto-Socorro de Várzea Grande (PSM-VG).
Por meio de nota, a instituição afirma que as medidas devem ser tomadas pelo próprio militar, que está em período de licença. Caso ele estivesse em serviço e com arma do Estado, seria instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apuração dos fatos. Nestes casos, arma é enviada para a Politec, cujo laudo leva de 10 a 20 dias para ser devolvido.
Ainda segundo a nota, já houve outros registros de disparos acidentais e, após a perícia concluindo se houve falha da arma ou humana, a fabricante é notificada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
Segundo a Sesp, em fevereiro de 2017 foi criada uma comissão para a padronização bélica para as forças de segurança pública de Mato Grosso. Em junho daquele ano o relatório foi apresentado sugerindo a troca de armas curtas .40 por 9 mm por uma série de quesitos técnicos. O relatório, inclusive, consta desde 2017 na página da Sesp. No dia 15 de agosto de 2017 foi realizada audiência pública para debater o relatório e contou com a participação de representantes das empresas Taurus, Sig Sauer e Glock.
O próximo passo foi a definição de regras feitas pelo Estado de Mato Grosso, contudo, houve dificuldades orçamentárias e financeiras para o investimento da troca do armamento, inclusive em razão do contingenciamento de recursos para os exercícios de 2018 e 2019. Os recursos públicos para a Sesp contemplam custeio e a folha de pagamento, o que reduz os investimentos.