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Acidentes de trânsito matam mais que crimes violentos em Mato Grosso

Data: Segunda-feira, 06/05/2019 09:19
Fonte: Olhar Direto

Levantamento realizado pela Seguradora Líder, administradora do Seguro DPVAT, identificou que os acidentes de trânsito em Mato Grosso matam mais que os crimes violentos, ou seja, homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Durante o ano de 2018, o estado registrou 1.143 mortes no trânsito e 978 crimes violentos.

A pesquisa foi feita em nove estados, que somaram mais de 17 mil pagamentos do Seguro DPVAT destinados à cobertura por morte, representando 46% do total de sinistros pagos por acidentes fatais em todo o país no ano passado. Já os crimes violentos somaram 12.559 óbitos no mesmo período.

As localidades que lideram a lista são Paraná (2.712 sinistros X 2.088 mortes violentas); Santa Catarina (1.537 X 840); Mato Grosso (1.143 X 978); e Piauí (1.111 X 615).
 
Em todas as áreas, as motocicletas estiveram entre os veículos com maior participação nos acidentes fatais. Apesar do crítico cenário, os dados indicam que os acidentes vêm diminuindo, se comparados ao ano anterior.
 
“Apesar da redução dos acidentes e das mortes, os números ainda revelam um cenário preocupante da violência no trânsito brasileiro. Dados da PRF mostram que, no ano passado, as principais causas das ocorrências foram falta de atenção à condução, desobediência às normas de trânsito pelo condutor e velocidade incompatível com o limite. Ainda é importante lembrar que o país obteve, pela OMS, a pior classificação referente ao limite de velocidade em áreas urbanas. Com isso, torna-se fundamental o constante investimento em prevenção, educação e medidas cada vez mais rigorosas de fiscalização”, afirma Arthur Froes, superintendente de Operações da Seguradora Líder.

Sobre o Seguro DPVAT

De acordo com informações da assessoria de imprensa, o DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 209 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até três anos.

Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações.