Uma paciente de 56 anos diagnosticada com um tumor no intestino esperou sete anos por uma cirurgia. E, no dia 12 de abril, Rozilda Mosa Bacelar foi encaminhada ao centro cirúrgico do Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, mas o médico se recusou a fazer o procedimento, alegando que não era necessário. Ela disse que fez uma consulta particular e outro médico afirmou que a cirurgia era necessária.
Em nota, o Hospital Geral disse que a paciente foi internada para a realização de uma laparotomia exploratória que exige a abertura do abdome. No entanto, a equipe médica contraindicou a cirurgia “devido à hipótese de dor neuropática sem ligação com a lesão nodular subcutânea”, e a cirurgia não traria benefícios à ela.
O hospital informou ainda que ela teve toda a assistência necessária e foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial e tratamento clínico.
Em 2012, Rozilda retirou uma parte do intestino para a realização de uma biópsia e foi diagnosticada com um tumor no local. Desde então, ela tem tentado conseguir o procedimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Quando o médico se recusou a fazer a cirurgia eu disse: 'Não acredito no que está acontecendo'. Desde 2012 estou buscando isso e estar no centro cirúrgico era um sonho realizado”, relembra.
A paciente contou que ela já estava deitada na sala de cirurgia com todos os equipamentos prontos para o procedimento. No entanto, ao analisar os exames de imagens dela, o médico afirmou que a cirurgia não seria necessária.
“Eu disse a ele que meu estômago estava inchado e eu sentia muita dor, então ele disse para eu parar de comer carne vermelha, mas eu disse que não comia carne vermelha. Daí ele falou: 'Pare de comer brócolis e feijão que ele não vai inchar'. Em seguida, ele virou as costas e saiu da sala”, contou.
Rozilda disse que as dores continuaram e ela voltou a procurar um médico. Em consulta, o médico entregou mais um pedido de cirurgia.
“Ele me examinou e eu não aguentei de tanta dor quando ele apertou o local. Então ele me disse que o meu caso era sim de cirurgia, pois estava me machucando”, disse.
Agora Rozilda aguarda outra vaga para a realização da cirurgia, já que o hospital já deu baixa na vaga que ela havia conseguido.
“Preciso dessa vaga e de um médico competente que faça essa cirurgia e possa me ajudar com esse problema”, ressaltou.