Adilson Pinto da Fonseca, 48 anos, acusado de matar Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos e Benildes Batista de Almeida, 39 anos, em 2013 voltou atrás e afirmou ao delegado Fausto José Freitas da Silva, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que não sabe da morte da segunda vítima, com quem ele manteve um relacionamento à época. As autoridades realizaram buscas no local durante toda segunda-feira (13), no intuito de localizar os restos mortais das duas mulheres.
A primeira vítima, Talissa de Oliveira Ormond, teve a comunicação do desaparecimento em julho de 2013. Ela era namorada do suspeito e a segunda vítima, Benildes Batista de Almeida, que desapareceu em dezembro de 2013, seria sua ex-mulher.
A primeira ossada foi encontrada a mais de um metro de profundidade, perto da calçada, na lateral da casa. Mesmo usando equipamento apropriado para rastreamento de solo, foi uma denúncia recebida enquanto o trabalho era realizado, que ajudou as equipes na localização do ponto em que o corpo havia sido ocultado.
A segunda ossada ainda não foi achada. No entanto, o suspeito, após a primeira ossada ser localizada, acabou confessando as duas mortes e informando onde teria enterrado a segunda vítima. As equipes da Águas Cuiabá (que prestou apoio), DHPP e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) trabalharam do fim da manhã até o fim da tarde em busca dos restos mortais.
Porém, depois de todo o trabalho desempenhado pelas autoridades e de apontar o local onde estaria enterrada a vítima por pelo menos duas vezes, o suspeito desmentiu a versão, afirmando que não sabe da morte da ex-mulher. Mesmo assim, as buscas continuam para averiguar outros locais do imóvel.
Um exame de DNA deverá ser feito para confirmar se a ossada pertence a vítima, Talissa, a qual o suspeito confessa ter matado. Ele não deu detalhes sobre o crime. As buscas são realizadas por determinação da Justiça, após requerimento da Polícia Civil.
Os inquéritos, com mais de dois volumes de informações colhidas ao longo dos anos da investigação, direcionam para o suspeito. “Mas não tínhamos corpo e agora poderemos concluir”, afirmou o delegado Fausto José Freitas, que deve novamente interrogar o preso para saber das motivações e circunstâncias em que as mortes ocorreram.
Desaparecimentos
Benildes desapareceu em 17 de dezembro de 2013. Ela morava na cidade de Asturia, na Espanha e tinha voltado ao Brasil, onde passou cinco meses com a família. Um dia antes dela retornar para a Europa, houve uma discussão com o suspeito, que a matou e enterrou seu corpo no quintal da casa.
O quintal era o mesmo em que, cinco meses antes, Adilson havia enterrado o corpo de Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos. Após a primeira ossada ter sido encontrada, o suspeito acabou confessando as duas mortes e informando onde teria enterrado a segunda vítima.
Sem saber do caso, a família de Benildes acreditou que a mulher havia desaparecido na Espanha, local onde morava. Porém, após contato com a Polícia Federal, descobriu-se que ela não havia deixado o país.
Benildes era ex-mulher de Adilson, que chegou a morar algum tempo com ela na Espanha. Porém, os dois terminaram o relacionamento e ele retornou ao Brasil, onde conheceu Talissa. A mãe da moça contou que ela tinha saído para trabalhar em uma empresa de telefonia e não mais deu notícias.
Na empresa, a chefe de Talissa informou à mãe que naquele dia ela tinha trabalhado o dia todo e quando saiu havia um rapaz moreno em uma motocicleta a espera dela. Mas ninguém a viu sair com ele. No dia seguinte, a vítima teria ligado na empresa pedindo socorro. Depois não deu mais notícias.
O caso
Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Técnica (Politec) realizam na tarde desta segunda-feira (13) as buscas aos corpos de Talissa Oliveira Ormond,de 22 anos, e Benildes Batista de Almeida, de 39 anos, ambas desaparecidas desde o ano de 2013. Elas foram mortas e enterradas no quintal de uma casa no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. O suspeito do duplo homicídio foi identificado como Adilson Pinto Da Fonseca, de 48 anos, que mantinha relacionamento com as duas vítimas. Ele já está preso em flagrante por ocultação de cadáver.
Adilson foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. O suspeito ainda será ouvido novamente pelo delegado Fausto Freitas, que assumiu o caso há poucos meses.