Exames de DNA devem confirmar se os restos mortais encontrados durante escavações no quintal de uma casa, no Bairro Nova Conquista, em Cuiabá, são de Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos, e de Benildes Batista de Almeida, 39 anos, que estão desaparecidas desde 2013 e 2014, respectivamente.
A casa onde os corpos foram localizados pertence ao suspeito do crime, Adilson Pinto da Fonseca, 48 anos, que era namorado de Talissa e marido de Benildes e foi preso nessa segunda-feira (13).
Os ossos que seriam de Benildes foram localizados a três metros de profundidade no mesmo local onde foram localizados, na segunda-feira, ossadas de outra mulher, enterrados na calçada externa da casa, que pertence o suspeito.
Talissa desapareceu em julho de 2013 e Benildes sumiu em dezembro de 2013.
O desaparecimento delas era investigado pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
O trabalho de retirada dos ossos foi realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Na segunda-feira (13), os trabalhos, em cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizada pela Justiça, teve o apoio do Corpo de Bombeiros com um cão farejador, Águas Cuiabá e também de um professor de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Veja mais
A polícia informou que as duas vítimas mantinham relacionamento amoroso com o suspeito, o que ligou os dois desaparecimentos.
O suspeito alegou que matou as vítimas por ciúmes, mediante discussões ocasionais. O suspeito está preso por duas ocultações de cadáveres e também será indiciado por dois homicídios qualificados das duas mulheres.
A vítima Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos, teve o desaparecimento comunicado em 8 julho de 2013, cerca de quatro dias depois de sumir. A mãe da moça contou que ela tinha saído para trabalhar em uma empresa de telefonia e não mais deu notícias. Na empresa, a chefe da vítima informou à mãe que naquele dia ela tinha trabalhado o dia todo e quando saiu havia um rapaz moreno em uma motocicleta a espera dela. Mas ninguém a viu sair com ele. No dia seguinte, a vítima teria ligado na empresa pedindo socorro. Depois não deu mais notícias.
Benildes morava na cidade de Asturia, na Espanha, e tinha voltado ao Brasil, onde passou cinco meses com a família. A filha dela entrou em contato com a Polícia Federal, que não identificou que ela havia saído do Brasil. Ela era mulher do suspeito.
