O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta segunda-feira (3) a Londres para iniciar uma visita de Estado de três dias ao Reino Unido. Ele foi recebido pela rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, onde participou de uma cerimônia privada com a rainha e um almoço com vários integrantes da realeza britânica.
O príncipe Charles, filho de Elizabeth II, o recebeu ainda no jardim quando o mandatário americano desceu do helicóptero. Ele foi recebido com fogos de artilharia em sua homenagem. Após ouvir o hino americano ao lado da rainha, tocado pela guarda real, Trump foi levado por Charles para a revista da guarda do palácio.
A visita de três dias de duração ocorre no âmbito das comemorações do 75º aniversário do Dia D, quando as forças aliadas invadiram a Normandia ocupada na Segunda Guerra Mundial, iniciando o que se considera como o princípio do fim do domínio nazista na Europa.
A rainha também acompanhou Trump e Melania em uma visita pela galeria de arte do palácio.
Após a recepção em Buckingham, Trump e a primeira-dama, Melania, seguiram para a Abadia de Westminster, onde o presidente depositou uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.
Ainda está previsto, que Trump e Melania tomem o chá da tarde com o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e sua esposa Camila. À noite, o chefe de estado americano participará de um banquete de gala no Estado no Palácio de Buckingham.
Harry e sua mulher, a atriz americana Meghan Markle, não participarão do jantar. De acordo com a BBC, eles ficarão com o filho, o recém-nascido Archie.
No domingo (2), Trump negou ter chamado a duquesa de Sussex de desagradável apesar de um áudio com a declaração ter sido registrado. Durante a campanha que levou Trump ao poder em 2016, Meghan apoiou a sua opositora democrata, Hillary Clinton, e chegou a se referir a ele como misógino.
A filha de Donald Trump, Ivanka Trump, e seu marido, Jared Kushner, também participam da visita. A família está hospedada na residência do embaixador americano em Londres.
Pouco antes de chegar ao aeroporto de Stansted, na região de Londres, o presidente tuitou uma crítica contra o prefeito londrino, Sadiq Khan.
"Sadiq Khan, que faz um péssimo trabalho como prefeito de Londres, tem sido de modo insensato 'desagradável' com o presidente dos Estados Unidos, de longe o aliado mais importante do Reino Unido. Ele é um total perdedor que deveria se concentrar no crime em Londres, não em mim", declarou.
Khan, que é do Partido Trabalhista, criticou a recepção ao presidente americano com todas as honras de uma visita de Estado. Em um artigo no jornal "The Observer", ele comparou a linguagem de Trump com a dos "fascistas do século XX" e o incluiu no mesmo grupo que os extremistas Viktor Orban na Hungria, Matteo Salvini (Itália), Marine Le Pen (França) e Nigel Farage (Reino Unido).
Em novembro de 2017, Sadiq Khan, que é muçulmano e de origem paquistanesa, chegou a pedir à Theresa May que suspendesse qualquer convite para Trump visitar o Reino Unido depois que o presidente americano retuitou vídeos anti-islâmicos de um grupo britânico de extrema direita.
A primeira visita de Trump ao Reino Unido, em julho de 2018, foi marcada por protestos. Naquela ocasião, o prefeito londrino autorizou manifestantes a utilizarem um balão inflável gigante que representava Trump como um bebê — decisão que foi interpretada como uma hostilidade por parte dos apoiadores do presidente americano.
A visita também foi marcada por críticas que Trump fez contra a premiê Theresa May. Na época, ele reprovou o acordo proposto por May para Brexit, como ficou conhecida a retirada do Reino Unido da União Europeia.