O Sindicato Rural de Canarana, a 838 km de Cuiabá, estima que o município é responsável por 90% da produção nacional de gergelim. O grão se tornou uma alternativa para os agricultores para a segunda safra após a colheita da soja. São 65 mil hectares de gergelim plantados na região.
O agricultor e presidente do sindicato, Alex Wisch, explicou que o cultivo de gergelim pode ser feito pelo sistema de plantio direto ou convencional e é considerado uma cultura rentável.
“Canarana é considerada a capital nacional do gergelim. No entanto, dependemos muito da exportação, praticamente toda a produção vai para o mercado externo, Europa, Asia, pois o mercado interno ainda é pequeno”, afirmou.
Segundo Alex, Canarana produziu 400 kg de gergelim em 2018. Já para este ano a estimativa é de que a produção tenha aumente e chegue a 500 kg.
O grão é comercializado em torno de R$ 3,50 o kg. No entanto, até 2018, era vendido entre R$ 1,80 e R$ 2,50.
“A elevação nos preços se deu devido a demanda do mercado lá fora. Neste ano, teve quebra na produção do mercado externo, mas, em outros anos, acredito que já teria redução nos preços”, explicou.
O produtor rural Marcos da Rosa, que planta gergelim pela primeira vez, disse que o grão substitui o plantio do milho, já que na região do Vale do Araguaia o período de chuvas se encerra mais precocemente do que em outras regiões do estado.
Com essas condições, o milho como opção de segunda safra se torna uma cultura perigosa, pois o custo de produção é quase igual à produtividade. Já o gergelim possui baixo custo de produção e bom retorno.
“O limite para o plantio do milho é até 20 de fevereiro, em função do final das chuvas. Já o gergelim é menos exigente, podendo estender seu plantio entre 15 e 29 de março”, pontuou.