A greve dos servidores públicos da educação completa duas semanas, nesta segunda-feira (10), sem acordo com o governo do estado. No total, cerca de 40 mil profissionais aderiram ao movimento, paralisando as atividades.
Os profissionais reivindicam o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 2018. Alegam ainda que o governo negou o direito aos trabalhadores da educação, mas concedeu ao legislativo e judiciário.
Os trabalhadores também cobram a convocação de profissionais aprovados em concurso público para preencher as vagas livres.
O governo informou que não tem condições de atender às reivindicações do servidores e que a concessão da RGA provocaria o estouro do limite de gastos com pagamento de pessoal, em 61%.
Os servidores realizam uma assembleia seguida de passeata na tarde desta segunda-feira. Na ocasião vão decidir se retomam as atividades ou mantém a greve.
No segundo dia de greve, o governo anunciou que iria cortar o ponto dos servidores que tivessem aderido à greve.
De acordo com a assessoria de comunicação, o estado decidiu obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata do corte de ponto de grevistas.
“Conforme o STF, o ponto deve ser cortado imediatamente à deflagração do movimento grevista. Com o fim do movimento, os profissionais podem repor as aulas, caso haja acordo entre Poder Executivo e servidores, e serão remunerados pela reposição”, disse o governo em nota.
O governo também anunciou cortes nos salários dos profissionais em greve. Por um equívoco, os que não estão em greve também foram atingidos, mas a administração estadual informou que irá corrigir o erro.
As creches do estado Maria Eunice Duarte de Barros e Nasla Joaquim Aschar continuaram atendendo normalmente durante a greve da categoria.
A maioria dos professores e servidores da educação que trabalham nas creches não aderiram ao movimento grevista. No entanto, o Conselho Escolar da unidade aprovou a paralisação das atividades.
Nessa quinta-feira (6) os professores e pais de alunos da creche Maria Eunice Duarte de Barros procuraram o governo para relatar a situação.
Eles afirmam que a greve pode prejudicar o andamento das aulas e que, a reposição de aulas, prejudicaria a interação dos pais com as crianças, visto que as aulas de reposição seriam nos finais de semana.
O governo informou que encaminhará as demandas apresentadas pela creche para análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e que uma reunião entre os pais e professores deve ser agendada com o procurador-geral do estado, Francisco de Assis da Silva Lopes.