A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o processo decorrente da Operação Sangria seja encaminhado à Justiça Federal por envolver supostos desvios de verbas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS), destinadas pelo Fundo Nacional de Saúde na modalidade fundo a fundo, cuja fiscalização está submetida ao controle de órgãos da esfera federal. A decisão é do dia 22 de abril.
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Correia, e outras cinco pessoas foram alvos da Operação Sangria, que apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas ilícitas praticadas por médicos, que administravam empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesar o erário público, por meio de contratos vinculados à secretarias estadual e municipal de Saúde com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes,para que ao final, apenas empresas pertencentes a eles (Proclin/Qualycare) pudessem atuar livremente no mercado.
Além de Huark, também foram presos Fábio Liberali, Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia, Fábio Taques Figueireiro. E deve se apresentar a investigada Celita LIberali. Todos já estão soltos e cumprem medidas cautelares.
Conforme a ação, há a suspeita de irregularidades em contratos de prestação de serviços médicos hospitalares, firmados com o município de Cuiabá e o governo de Mato Grosso.