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Procissão de Corpus Christi e tapetes no entorno da Praça dos Colonizadores em Juara.

Evento mobilizou centenas de católicos.

Data: Quinta-feira, 20/06/2019 10:22
Fonte: Grupo Amplitude de Comunicação/Juara - Paulo Becker.

A paróquia São José ficou lotada na manhã desta quinta-feira, 20 de junho para celebração da Missa de Corpus Christi. Logo após a missa, os fiéis saíram em procissão no entorno da Praça dos Colonizadores, com cânticos e rezas.

Toda procissão foi acompanhada por um carro de som.

Em latim, Corpus Christi significa "Corpo de Cristo" e é justamente o que a Igreja Católica celebra nesta quinta-feira, 20. A data não é fixa, mas é sempre logo após o domingo na Santíssima Trindade, que neste ano foi comemorado no último dia 16 de junho.

A celebração de Corpus Christi acontece sempre em uma quinta-feira porque faz alusão a Quinta-Feira Santa, que por sua vez acontece três dias antes da Páscoa.

O padre Everaldo explicou à reportagem do Grupo Amplitude de Comunicação, que a quinta-feira é o dia escolhido porque lembra a instituição da eucaristia, feita por Jesus na Quinta-feira Santa. "Como este dia, que também é chamado de quinta-feira de lava-pés, divide a celebração com a lembrança do começo do sofrimento de Jesus, a igreja achou importante separar uma data para celebrar o corpo de Cristo", diz ele.

Visões de Juliana Cornillon

O padre Everaldo conta que até o século XIII a festa não existia. Foi quando, na Bélgica, uma freira chamada Juliana Cornillon, teve visões em que Jesus pedia uma festa em honra do Sacramento da Eucaristia.

A freira contou ao padre da Paróquia onde morava e ele providenciou a celebração. A festa logo cresceu, o bispo da região ficou sabendo e Corpus Christi começou a ser celebrado em toda a Bélgica.

Quando a história chegou aos ouvidos do Papa Urbano IV, a festa acabou instituída por meio de um decreto assinado em 11 de agosto de 1264, a instituição da festa. Mas foi só no século XIV, com o Papa Clemente V, que celebração ganhou caráter universal, diz o pároco.

Tapetes e tradição.

Everaldo explica que o tapete traz marcas como a simplicidade e a alegria, pilares da fá católica e os desenhos dos tapetes são sempre ligados à festa do Corpo de Cristo e à fé Católica. São comuns cálices, cruzes, hóstias – que segundo a Igreja, depois de consagrados, se transformam em corpo e sangue de Cristo.

Há lugares que usam até alimentos e casacos, que depois da celebração, são doados. O padre Everaldo diz que os tapetes são feitos como uma espécie de doação.

De acordo com ele, os tapetes mostram a participação do povo na preparação do lugar por onde Jesus vai passar. O religioso conta que a atitude lembra a procissão celebrada no Domingo de Ramos, quando Jesus é aclamado na entrada para Jerusalém, com ramos de palmeiras.

Veja vídeo fotos: