Representantes da Concessionária Águas de Juara, o Diretor Geral Valdemir Tavares, o Gerente Geral Claudio Christofoli e o Químico Guilherme Vendrametto prestaram esclarecimentos sobre a qualidade da água à imprensa local e autoridades. Em nota de esclarecimento divulgada com data do último dia 26 e em audiência na Câmara Municipal de Juara, a Concessionária negou categoricamente a presença de 27 princípios ativos de agrotóxicos na água captada, tratada e distribuída para consumo pela população Juarense.
A diretoria da Concessionária Águas de Juara se reuniu com o presidente do Poder Legislativo Juarense, vereador Leo Boy, na tarde da ultima terça-feira (25) e voltou a reunir-se na quarta (26) com Vereadores, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Agronegócio e Meio Ambiente, Conselho de Desenvolvimento Municipal, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Engenheiro Sanitarista da Prefeitura Municipal Leandro Nepomuceno e a Responsável Técnica pelo Laboratório de Águas Fernanda Vaz, para apresentar dados que contradizem as notas publicadas pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
Tanto na nota, quanto no encontro realizado na Câmara Municipal, a Concessionária Águas de Juara informou que realiza semestralmente análises da água considerando 98 parâmetros, entre eles os 27 princípios ativos mencionados pelo parlamentar. Tais exames levam o nome de quatro laboratórios credenciados no país e atestam a inexistência dos elementos tóxicos mencionados. Além destas análises, a concessionária declara que é realizada uma infinidade de procedimentos avaliativos anuais da água, com periodicidades diária, semanal e mensal.
A Concessionária acrescenta que as operações de captação, tratamento e distribuição de água seguem todas as legislações vigentes, entre elas aPortaria de Consolidação/MS 05 de 2017 e a Portaria/MS 2914 de 2011, que não há qualquer notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre detecção de agrotóxicos da água bruta ou tratada em Juara.
Divulgação dos dados do SISAGUA.
A confusão envolvendo a qualidade da água tratada em Juara teve inicio após a ONG Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye, divulgarem dados do Ministério da Saúde sobre as informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), que reúne os resultados de testes feitos pelas empresas de abastecimento.
No site desenvolvido com a finalidade de gerar conteúdos que sugerem a regulação de agrotóxicos na agricultura brasileira, é possível consultar o nível e a qualidade da água consumida nos municípios brasileiros e os índices de um coquetel que mistura diferentes agrotóxicos, encontrado na água de 1 em cada 4 cidades do Brasil entre 2014 e 2017. Nesse período os 1.396 municípios que alimentaram devidamente o SISAGUA, tiveram os dados analisados pelo site “Por Trás do Alimento”, enquanto os demais município brasileiros não aparecem na divulgação, por não alimentarem os sistema do Ministério da Saúde.
No entanto, conforme a imagem acima retirada do site “Por trás do Alimento”, no município de Juara nenhum agrotóxico foi detectado acima dos limites regulados por legislação brasileira entre 2014 e 2017.
Links externos que contribuem para a compreensão desta matéria
Nota de Esclarecimento emitida pela Concessionária Águas de Juara - Esclarece como funcionam as analises realizadas regularmente na agua tratada de Juara;
Nota Informativa n° 50/2019-DSAST/SVS/MS - Esclarecimentos sobre riscos à saúde decorrentes da presença de agrotóxicos na água para consumo humano no Brasil;
Memorando Circular Nº 008/COVAM/SVC/SES/2019 - Que encaminha Nota Informativa n° 50/2019-DSAST/SVS/MS aos diretores e técnicos responsáveis pelo programa VIGIÁGUA dos Escritórios Regionais e de Saúde e municípios.
Da Assessoria, com informações da Gazeta Digital, Mareta Urgente e Por Trás do Alimento