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Enterrado corpo de menino arremessado de 6º andar de prédio que pegou fogo em Curitiba

Incidente aconteceu na manhã de sábado (29), no bairro Água Verde. Criança de 11 anos sofreu múltiplos traumas após ser jogada com a força da explosão.

Data: Segunda-feira, 01/07/2019 14:48
Fonte: G1

Foi enterrado, na tarde deste domingo (30), o corpo de Mateus Lamb, de 11 anos, que morreu no sábado (29), após ser arremessado do 6º andar de um prédio no qual um apartamento explodiu e pegou fogo, em Curitiba.

Segundo a Polícia Militar, a explosão ocorreu por volta das 9h30 da manhã de sábado e foi seguida de um incêndio. O apartamento fica no último andar do prédio, localizado na Rua Dom Pedro I, no bairro Água Verde. No momento do ocorrido, era feita a impermeabilização de um sofá dentro do imóvel.

O sepultamento foi realizado no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Barreirinha, em Curitiba, por volta das 15h15.

De acordo com o Hospital do Trabalhador, o menino morreu durante a realização de uma cirurgia. Antes de ser internado, ele foi reanimado, depois de ter uma parada cardiorrespiratória. O garoto sofreu múltiplos traumas.

Outras três pessoas ficaram feridas no incidente e continuavam internadas no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie na tarde deste domingo. Duas delas estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em estado grave.

Os feridos

 

 

  • Raquel Lamb, de 23 anos – irmã do menino que morreu e esposa de Gabriel
  • Gabriel Araújo, de 27 anos – marido de Raquel e cunhado do garoto morto
  • Caio Santos, de 30 anos – técnico que prestava o serviço de impermeabilização do sofá

 

O casal Raquel e Gabriel mora no imóvel. Eles casaram em fevereiro deste ano. O menino Matheus dormia no apartamento da irmã, em outro cômodo, quando houve a explosão.

De acordo com o hospital, Raquel teve 80% do corpo queimado e está internada na UTI. Caio também está na UTI e teve queimaduras por 35% do corpo.

Gabriel está em um quarto do hospital, com 30% do corpo queimado. O estado de saúde dele é o único considerado estável. 

 

Prédio interditado

 

O major do Corpo de Bombeiros Fernando Machado explicou que, quando há um acúmulo de gás em ambiente fechado, o equipamento de impermeabilização de estofados, que era usado pelo técnico, pode gerar uma explosão.

Segundo o major, não foi constatado vazamento de gás, nem no apartamento, nem no prédio.

A Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, interditou o edifício temporariamente. Os pertences de todos os moradores precisaram ser retirados do prédio, com o apoio do Corpo de Bombeiros.

O edifício tem 24 apartamentos, e cerca de 50 pessoas moram ali. Uma equipe da Guarda Municipal está posicionada em frente ao prédio, para impedir a entrada no local.

A Secretaria Municipal da Defesa Social informou, neste domingo, que o edifício será liberado somente depois que laudo de análise estrutural, que deve ser apresentado pelo condomínio, seja analisado pela Cosedi.

 

Investigação

 

A Polícia Civil abriu um inquérito pra apurar o caso. O resultado da perícia feita no apartamento e em outras áreas do prédio deve ser apresentado em até 30 dias. Apenas com o resultado, conforme a polícia, será possível afirmar com certeza o que provocou a explosão.

O advogado da empresa Impeseg, que fez a impermeabilização do sofá, disse que os sócios estão chocados com o caso, e afirmou que tem informações de que todas as precauções necessárias foram tomadas, como a abertura das janelas do apartamento.

 

A empresa afirmou ainda que aguarda a conclusão das investigações.