Foi enterrado, na tarde deste domingo (30), o corpo de Mateus Lamb, de 11 anos, que morreu no sábado (29), após ser arremessado do 6º andar de um prédio no qual um apartamento explodiu e pegou fogo, em Curitiba.
Segundo a Polícia Militar, a explosão ocorreu por volta das 9h30 da manhã de sábado e foi seguida de um incêndio. O apartamento fica no último andar do prédio, localizado na Rua Dom Pedro I, no bairro Água Verde. No momento do ocorrido, era feita a impermeabilização de um sofá dentro do imóvel.
O sepultamento foi realizado no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Barreirinha, em Curitiba, por volta das 15h15.
De acordo com o Hospital do Trabalhador, o menino morreu durante a realização de uma cirurgia. Antes de ser internado, ele foi reanimado, depois de ter uma parada cardiorrespiratória. O garoto sofreu múltiplos traumas.
Outras três pessoas ficaram feridas no incidente e continuavam internadas no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie na tarde deste domingo. Duas delas estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em estado grave.
O casal Raquel e Gabriel mora no imóvel. Eles casaram em fevereiro deste ano. O menino Matheus dormia no apartamento da irmã, em outro cômodo, quando houve a explosão.
De acordo com o hospital, Raquel teve 80% do corpo queimado e está internada na UTI. Caio também está na UTI e teve queimaduras por 35% do corpo.
Gabriel está em um quarto do hospital, com 30% do corpo queimado. O estado de saúde dele é o único considerado estável.
O major do Corpo de Bombeiros Fernando Machado explicou que, quando há um acúmulo de gás em ambiente fechado, o equipamento de impermeabilização de estofados, que era usado pelo técnico, pode gerar uma explosão.
Segundo o major, não foi constatado vazamento de gás, nem no apartamento, nem no prédio.
A Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, interditou o edifício temporariamente. Os pertences de todos os moradores precisaram ser retirados do prédio, com o apoio do Corpo de Bombeiros.
O edifício tem 24 apartamentos, e cerca de 50 pessoas moram ali. Uma equipe da Guarda Municipal está posicionada em frente ao prédio, para impedir a entrada no local.
A Secretaria Municipal da Defesa Social informou, neste domingo, que o edifício será liberado somente depois que laudo de análise estrutural, que deve ser apresentado pelo condomínio, seja analisado pela Cosedi.
A Polícia Civil abriu um inquérito pra apurar o caso. O resultado da perícia feita no apartamento e em outras áreas do prédio deve ser apresentado em até 30 dias. Apenas com o resultado, conforme a polícia, será possível afirmar com certeza o que provocou a explosão.
O advogado da empresa Impeseg, que fez a impermeabilização do sofá, disse que os sócios estão chocados com o caso, e afirmou que tem informações de que todas as precauções necessárias foram tomadas, como a abertura das janelas do apartamento.
A empresa afirmou ainda que aguarda a conclusão das investigações.