“No final de semana ele arrumou uma confusão com vizinhos e, com um facão, ameaçou matar pessoas e crianças na rua. Depois desse acontecimento a tia [vítima] pediu para que a família tirasse ele da casa”, comentou o delegado.
Outro fator que influenciou a decisão de Maria Zélia foi a de que o sobrinho é usuário de drogas e começou a usar entorpecente na casa dela. Religiosa, a vítima se sentia incomodada com as atitudes do sobrinho.
A família arranjou uma quitinete para ele e o rapaz se mudou da casa.
“Ele tirou a vida da tia, abriu o corpo e retirou o coração. Colocou o coração em uma sacola plástica de mercado e levou para a casa da filha da vítima, deixando em cima da mesa”, detalhou o delegado.
Na sequência, Lumar, obrigou a prima a entregar as chaves do carro dela. Ele saiu pela cidade e bateu em um transformador de energia, além de invadir a empresa de energia elétrica da cidade.
Ele começou a andar a pé pela cidade, até a ser abordado pela Polícia Militar, na Rua das Videiras, e demonstrava estar bastante transtornado.
Para o delegado, o sobrinho é uma pessoa fria, age como se nada tivesse acontecido e não demonstra arrependimento. O delegado pretende pedir exame psiquiátrico do suspeito.
Lumar está preso na delegacia da Polícia Civil de Sorriso. Ele não quis falar no interrogatório na delegacia e não tinha antecedentes criminais.
Segundo o perito Nilson Carlos Dalberto, o suspeito usou duas facas para matar a vítima. A mulher tinha três ferimentos, no pescoço e no tórax.
“Ela [a mulher morta] apresenta espuma na boca, o que muito provavelmente indica que, durante a abertura do tórax, essa vítima ainda estava respirando. Não é possível afirmar se ela estava consciente ou não. É um fato completamente fora do comum, muito diferente do que a gente está acostumado a ver”, declarou.