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UFMT cria Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres dentro do zoológico

Após passar por adequações e estar apto, o espaço receberá visitas de grupos escolares. Essas visitas serão monitoradas, conforme prevê a legislação ambiental.

Data: Domingo, 07/07/2019 10:41
Fonte: G1 MT

Com o objetivo de reforçar e ampliar o trabalho de recuperação da fauna brasileira, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) criou o Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas).

A nova unidade, que é vinculada a Faculdade de Medicina Veterinária (Favet), funcionará nas instalações do zoológico e passará por adequações físicas, visando à implantação de um novo conceito de preservação e de fomento à educação ambiental no estado.

Após passar por adequações e estar apto, o espaço receberá visitas de grupos escolares. Essas visitas serão monitoradas, conforme prevê a legislação ambiental.

“Entre os Cetas [Centro de Triagem de Animais Silvestres] e os Cras [Centro de Reabilitação de Animais Silvestres], encontramos um meio termo, que é o Cempas. Assim, podemos usar nossa estrutura para fazer educação ambiental para a população e nosso foco maior são as escolas”, afirma o diretor da Favet, professor Roberto Lopes de Souza, acrescentando que o centro contará também com uma área restrita para os animais resgatados da natureza, seja em acidentes ou vítimas de tráfico.

De acordo com a gerente do centro, professora Sandra Helena Ramiro Corrêa, o trabalho já realizado pela faculdade, que terá convergência no Cempas, conta com o apoio e reconhecimento dos órgãos públicos e vem ao encontro com um novo olhar sobre o cativeiro de fauna, que sempre irá existir, uma vez que nem todos os animais resgatados reúnem condições de voltarem à natureza.

A docente explica que a UFMT desenvolve a atividade de recuperação da fauna desde 2012, a partir das ações realizadas no Hospital Veterinário (Hovet).

 

Movimentação da fauna

 

Outro trabalho desenvolvido é o de movimentação de animais, com o objetivo de reforçar a preservação ambiental e evitar a extinção de espécies.

Deste trabalho, 50 jabotis, cuja espécie está ameaçada de extinção saíram do Câmpus de Cuiabá e agora habitam um novo espaço, fora do cativeiro: o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Eles são apenas alguns das dezenas de animais que já estão ocupando novos espaços, a partir da ação do Cempas.

Além dos 50 jabotis, a UFMT também encaminhou animais como o gavião do penhasco, o gavião-pega-macaco, tucanos, patos do mato, urubus reis para unidades como o Zoológico e o Aquário, ambos da cidade de São Paulo, e o Criadouro Onça Pintada, em Curitiba (PR).

Outros animais, cujas espécies sofrem ameaça de extinção, já estão ou com a situação de movimentação em avaliação pelo Ibama ou em início de tratativas com outras unidades de preservação.