O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou que ainda aguarda um contato do governador Mauro Mendes (DEM) para ambos discutirem sobre os rumos que irá tomar a obra do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), paralisada desde 2014. De acordo com o emedebista, nenhum governador irá concluir o trabalho sem conversar com todos os setores.
Para Pinheiro, o governador Mauro Mendes precisa ouvir e ser ouvido por senadores, deputados federais, deputados estaduais, vereadores, sociedade e principalmente pelos prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, gestores dos municípios onde a obra inacabada foi executada.
“Acho que o VLT é um caminho sem volta e precisa ser conversado com todo mundo, principalmente com Cuiabá e Várzea Grande. Nenhum governador vai dar conta desta obra sem a bancada federal, sem a bancada estadual, sem os prefeitos de Cuiabá e de Várzea Grande, além da sociedade civil organizada. Não existe Super Homem”, disse.
Esta não é a primeira vez que Emanuel cobra o diálogo com Mauro, que no início do mês passado estabeleceu um prazo de 30 dias para divulgar a solução para o VLT, mas acabou voltando atrás, concluindo que tem até o fim do ano para apresentar uma proposta, como foi prometido em sua campanha.
Em resposta as cobranças do prefeito, Mauro disse que o prefeito não o consultou quando resolveu colocar grama nos canteiros onde deveria ser construído os trilhos e que o problema do VLT foi causado por omissões de deputados estaduais da época, incluindo Emanuel Pinheiro.
Iniciada em agosto de 2012 e com mais de R$ 1 bilhão já aplicados para o “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, os trilhos que guiariam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.
Parado desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos é composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.
No último dia 9, foi criada uma comissão pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério de Desenvolvimento Regional, em parceria com o Estado de Mato Grosso,que terá um prazo máximo de 120 dias para apresentar uma solução para a questão da mobilidade urbana para Cuiabá e Várzea Grande.
A comissão foi formada após três reuniões realizadas em Brasília com as equipes dos governos estadual e federal.