Pelo terceiro mês consecutivo, o Tribunal do Júri de Cuiabá julga os réus da Operação Mercenários, grupo de extermínio acusado de praticar vários homicídios em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
As investigações apontam que o grupo cometia os assassinatos por questões financeiras, já que os integrantes eram contratados. Durante a operação, que contou com a participação de 180 policiais civis e militares, foram apreendidas diversas armas, munições, roupas camufladas e capuzes. Todo o material era usado pela organização criminosa para cometer os assassinatos.
O ex-policial militar Helbert de França Silva senta novamente ao banco dos réus, no dia 7 de agosto, às 9h, pela morte de Rodrigo Fernando de Arruda, depois de já ter sido condenado a 105 anos de prisão em outros dois processos.
A mesma pena foi imputada ao réu José Edmilson Pires dos Santos, que será julgado no mesmo processo, com os outros réus José de Francisco Carvalho Pereira, Ueliton Lopes Rodrigues e Claudiomar Garcia de Carvalho.
O grupo, conhecido como 'Os Mercenários', era formado por seis policiais e outros civis. Ao todo, estima-se que, pelo menos, 15 pessoas tenham sido vítimas do grupo.
O grupo, segundo a denúncia, tinha aparato para cometer os crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e carros e motos com placas frias.
Os crimes foram praticados em março de 2016. As vítimas estavam voltando de uma festa, quando foram atacadas enquanto tentavam abrir o portão da residência.
Além da prisão, Helbert foi condenado a perda do cargo de militar.
Os dois condenados respondem a mais quatro ações, já estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade.