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'A dor que nos dominou não passou até hoje', afirma esposa e mãe de procuradores mortos

Data: Segunda-feira, 05/08/2019 14:48
Fonte: Olhar Direto

A advogada Elizabeth Diniz Martins Souto, esposa do procurador aposentado do Distrito Federal, Saint’Clair Martins Souto e mãe do procurador do Rio de Janeiro, Saint’Clair Diniz Souto, ambos assassinados na cidade de Vila Rica, em 2016, ainda aguarda pelo julgamento de José Bonfim Alves de Santana. O crime completa três anos no dia nove de setembro, porém, a dor gerada ainda não passou.

“Confesso que a dor que nos dominou naquele momento não passou até hoje. É infinita e imensa, só a fé em Deus é que nos faz aceitar seus desígnios”, disse Elizabeth em entrevista ao Olhar Jurídico.
 
Tribunal do Júri ocorrerá nos dias seis, sete e oito de agosto de 2019, em Vila Rica. Acusação formulada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) afirma que as vítimas foram assassinadas após descobrirem que o gerente da fazenda do qual eram donos estava praticando furto de gado. Elizabeth atuará como assistente de acusação.
 
“Estou na assistência de acusação juntamente com o promotor da Comarca de Vila Rica, um jovem brilhante e competente, e com o doutor Mário Ribeiro, excelente advogado de Belo Horizonte, para mostrar aos jurados a brutalidade dos crimes e a ausência de qualquer razão para se admitir tamanha crueldade. Meu marido tinha total confiança nele [gerente] que trabalhava na fazenda há quase nove anos”.

José Bonfim Alves de Santana é denunciado pela prática de homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e posse ilegal de arma. Segundo consta processo, no dia 9 de setembro de 2016, na Fazenda Santa Luzia, zona rural de Vila Rica, o denunciado matou Saint Clair Martins Souto. Logo depois, também assassinou Saint’Clair Diniz Souto durante emboscada. Os corpos das vítimas foram ocultados. Crime acabou descoberto apenas dias depois. José Bonfim foi preso no município de Colinas do Tocantins (TO). Comprovou-se que as execuções ocorreram pelo uso de um revólver calibre 38.
 
“O meu papel será de uma advogada que sempre atuou na área penal do direito e neste momento não poderia deixar de fazer tudo que estiver ao meu alcance para que o assassino tome o máximo da pena que a lei permite e assim se fazer a justiça. Por maior que for a pena não diminuirá a nossa dor, mas acreditaremos que a justiça será feita e que este monstro jamais sairá da prisão porque ele é um perigo para a sociedade”, finalizou.