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Homem que confessou ter matado a esposa depois de 24 anos usou tábuas para simular caixão em cova

Data: Quinta-feira, 08/08/2019 08:55
Fonte: Olhar Direto

Jairo Narciso da Silva, 64 anos, que confessou à polícia ter matado sua esposa e ocultado seu corpo em uma cova no banheiro da casa em que viviam, há 24 anos, usou tábuas para simular uma espécie de caixão onde a vítima estava enterrada. Peritos criminais da Gerência de Criminalística realizaram, na sexta-feira (02), uma reprodução simulado dos fatos, em Sinop (447 quilômetros de Cuiabá).
 
A ossada que pode ser de Luzinete Leal Militão foi localizada por profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Polícia Judiciária Civil, na tarde da sexta-feira.
 
Os ossos estavam enterrados em uma cova, dentro do banheiro da residência onde ela morava com a família, quando desapareceu, em Sinop. Junto à ossada da vítima foram encontrados diversos pertences como documentos, joias, carteira e roupas femininas.
 
A escavação foi acompanhada pela equipe da Gerência da Criminalística de Sinop composta pelos Peritos Criminais Leandro Valendorf, Nayane B. Lanzieri e Marcos Waetcher. Os trabalhos duraram aproximadamente três horas. Participaram também o Perito Médico Legista Rafael Maximiano e a Técnica em Necropsia Ludimylla Lins Gondin dos Santos.

 
De acordo com ele,  após escavarem aproximadamente 65 centímetros  do piso do banheiro foi possível encontrar algumas tábuas que, segundo o autor, foi posto ao lado do corpo simulando um caixão.
 
“Como o autor do crime disse ter golpeado a vítima na região do pescoço com o emprego de um “pé-de-cabra” será também analisado se os fragmentos ósseos do maxilar foram produzidos pelos golpes ou em decorrência do processo de decomposição”, afirmou Leandro Valendorf
 
Restos mortais foram recolhidos e enviados à Gerência de Antropologia do IML de Cuiabá, inclusive, os fragmentos do osso maxilar para a determinação da causa das fraturas, e a causa da morte. Amostras do material serão enviadas para o exame de identificação genética, no Laboratório Forense da Politec, para a confirmação da identidade da vítima.
 
Segundo o perito criminal Leandro Valendorf, mesmo com a prescrição do crime, foram adotados todos os cuidados para obter uma amplitude de provas para que, no âmbito judicial, o acusado possa ser adequadamente processado no que for cabível. O laudo pericial deverá ser concluído em dez dias.
 
O caso
 
O idoso Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, procurou na última terça-feira (30), a Delegacia de Polícia de Sinop (a 480 km de Cuiabá), para confessar que matou, em 1994, a esposa, Luzinete Leal Militão de 28 anos, motivado por ciúmes, porque ela gostava de sair de noite. De acordo com informações da Polícia Civil, na época, a mulher tinha um filho de 10 anos de um relacionamento anterior, e um segundo filho de oito anos, fruto do casamento com o suspeito.
 
O idoso confessou ao delegado Ugo Angelo Rech de Mendonça, que matou a mulher com uma barra de ferro, quando ela estava deitada em uma cama e depois finalizou asfixiando a vítima até sua morte completa.