O idoso Jairo Narciso da Silva, 64, que confessou ter matado a sua ex-esposa, Luzinete Leal Militão, há 25 anos, em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) deve responder só pelo crime de ocultação de cadáver em liberdade. O crime de homicídio prescreveu devido ao tempo.
No dia 30 de julho passado, Jairo foi até a delegacia da cidade e confessou que matou a mulher em 1994. Utilizando uma barra de ferro, ele bateu em sua cabeça enquanto ela estava deitada na cama e, em seguida, a asfixiou até a morte.
Ele enterrou o corpo no banheiro da casa que estava em obras, junto com documentos pessoais e joias para simular que ela havia fugido. Em este argumento, inclusive, que todos os familiares acreditavam até a confissão.
Conforme explicou o escrivão da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa de Sinop, Gilberto Leal, o crime de homicídio foi prescrito pelo tempo, mas ele ainda irá responder por ocultação de cadáver, que é permanente e tem previsão de pena de um a 3 anos.
"O delegado estava de férias, então estamos aguardando para abrir o inquérito para investigar o homicídio, mas já está tudo provado, está concluído. Ele já confessou também, nós encontramos os ossos. Mas pela idade dele acho que ele deve ser condenado a responder em liberdade", explicou.
DNA
Apesar do resultado da ossada encontrada pelos policiais não ter ficado pronto, a Polícia Civil acredita que já existem indícios suficientes de que o corpo encontrado pertencia realmente a Luzinete.
"Os documentos e pertences encontrados junto ao corpo já deixam claro que o corpo era da mulher. O cabelo loiro também, reconhecido pela família. O DNA então passa ser mais uma questão legal", finalizou o escrivão.