A Polícia Civil informou nessa quarta-feira (21) que Thaynara Carolyne Delneiro de Moraes, 21 anos, presa na terça-feira (20), suspeita de envolvimento na morte de Mário Felipe Gualberto Abreu, de 28 anos, para receber o seguro de vida da vítima, é inocente. Mário foi assassinado a tiros na frente de casa quando chegava do trabalho, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, no dia 22 de março deste ano.
De acordo com o delegado Nilson Farias, Thaynara reconheceu a camiseta usada pelo atirador no dia do crime, que supostamente era a mesma que Sidnei Vicente Vergínio, de 26 anos, ex-marido dela, usava.
"Ela descreveu a roupa usada pelo suspeito e coincidentemente ele naquele momento da prisão estava usando a camiseta semelhante à usada no dia da execução e isso concatenam com os elementos colhidos no curso da investigação", disse.
Segundo ele, Thaynara sentiu medo, o que fez com que pairassem dúvidas sobre a participação dela.
"Todos que estão no cenário de um crime de homicídio, a princípio, são considerados suspeitos e ela por se sentir coagida reteve informação por medo e esse medo dela fez pairar uma dúvida em relação a participação dela ou não. Não acredito na participação dela mais", explicou.
Ao entender que a jovem não teve participação no crime, o delegado pediu ao Judiciário a soltura dela. Ela foi solta na noite desta quarta-feira.
Ainda, de acordo com o delegado, Sidnei nega a autoria do crime, mas ele continua preso. "Os indícios da participação dele são mais veementes e em relação à Thaynara, um pouco mais atenuados, e no momento do interrogatório percebi que ela estava emocionalmente abalada e estava se sentindo coagida e ocultando o que ela sabia", afirmou.
Mário foi assassinado a tiros quando chegava em sua casa, na Rua Caracas, no Bairro Jardim América, assim que chegou do trabalho.