Um casal foi encontrado morto ao lado de um carro na noite da última sexta-feira (30) em Rondonópolis (215 km de Cuiabá). Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as vítimas foram identificadas como Joares Moreira Alves Filho, de 45 anos, e Elizangela Borges Gonçalves, de 36.
O veículo estava estacionado em uma rua no bairro Dom Ozorio. Uma pessoa teria visto o casal no carro e supostamente retirado do automóvel.
Quando a polícia chegou encontrou o casal ao lado do carro, aparentemente sem sinais de vida.
Os corpos apresentavam vermelhidão e não havia sinais de violência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local e constatou a morte.
Um médico legisla contou aos policiais que a causa da morte foi por intoxicação por monóxido de carbono. O veículo foi apreendido e também será periciado.
A investigação estão sendo conduzida pela DHPP de Rondonópolis para apuração e esclarecimento do caso.
O monóxido de carbono é um gás incolor e inodoro que, quando inalado, impede que o sangue transporte oxigênio e não permite que os tecidos o utilizem eficazmente. Uma quantidade reduzida não costuma ser prejudicial; no entanto, resulta numa intoxicação quando as concentrações de monóxido de carbono no sangue se tornam muito elevadas. O monóxido de carbono desaparece do sangue ao fim de várias horas.
O monóxido de carbono é produzido com a queima de combustíveis como gás de cozinha, gasolina, querosene, carvão ou madeira. Caldeiras, aquecedores e o escapamento de veículos estão entre os principais emissores da substância.
Uma intoxicação leve por monóxido de carbono causa dor de cabeça, enjoos, tontura, dificuldade de concentração, vômitos, sonolência e falta de coordenação. A maior parte das pessoas que sofrem uma intoxicação leve por monóxido de carbono recupera-se rapidamente quando se expõe ao ar fresco.
Uma intoxicação moderada ou grave por monóxido de carbono causa falta de discernimento, confusão, inconsciência, convulsões, dor no peito, falta de ar, pressão arterial baixa e coma. Sob este efeito, a maior parte das vítimas não é capaz de se mover e deve ser socorrida.
Muitas vezes, a intoxicação grave por monóxido de carbono é fatal. Raramente, nas semanas seguintes à recuperação aparente de uma intoxicação grave por monóxido de carbono, surgem sintomas como perda de memória, falta de coordenação, distúrbios de locomoção, depressão e psicose (que são conhecidos como sintomas neuropsiquiátricos tardios).
O monóxido de carbono é perigoso, pois a pessoa pode não reconhecer a sonolência como sintoma de intoxicação. Assim, alguém com uma intoxicação leve pode dormir e continuar a respirar monóxido de carbono até que ocorra um envenenamento grave ou morte. Algumas pessoas com intoxicação leve por monóxido de carbono devido a uma exposição prolongada, causada por caldeiras ou aquecedores, podem confundir seus sintomas com os de outras doenças, como a gripe ou outras infecções virais.
Para prevenir uma intoxicação, fontes de combustão no interior das casas, como o aquecimento a gás e aquecedores que queimam madeira, é necessária uma instalação com ventilação adequada. Se não for possível este tipo de ventilação, uma janela aberta pode limitar o acúmulo de monóxido de carbono, permitindo que este escape do edifício. Os tubos de ventilação colocados em fornos e outros aparelhos de calefação requerem inspeções periódicas para se detectarem fendas e fugas.
Comercializam-se detectores químicos domésticos que podem identificar o monóxido de carbono no ar, bem como alarmes sonoros que são ativados em sua presença. Se existir suspeita de monóxido de carbono em uma casa, as janelas devem ser abertas e a casa deve ser evacuada e a origem do monóxido de carbono deve ser detectada. A vigilância constante com detectores pode permitir, portanto, detectar o monóxido antes que ocorra uma intoxicação. Como ocorre com detectores de fumaça, recomenda-se detectores de monóxido de carbono em todas as casas.