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Marcenaria: O dom de fabricar móveis que sobrevive ao longo das eras

Data: Quinta-feira, 20/07/2017 15:55
Fonte: Marcelo Guedes/Record TV Juína

 arte de transformar madeira em móveis bonitos, duráveis e decorativos! Assim é a Marcenaria, evoluída da Carpintaria, a profissão remonta os dias de Jesus Cristo na terra. Segundo a Bíblia, José era Carpinteiro e ensinou a profissão ao Filho, conforme diz o Evangelho Segundo Marcos capítulo 6, versículo 3.

A marcenaria sempre foi considerada uma atividade artesã que exige paciência e muita habilidade do profissional. É o caso do trabalho feito sob encomenda, em que cada peça de mobiliário tem características específicas. Em uma marcenaria são produzidos móveis residenciais, como cama, mesa, armários, entre outros, e comerciais como balcões, vitrines, móveis de escritório e etc.

A tecnologia colocou à disposição dos marceneiros máquinas modernas, permitindo que inúmeros artefatos e objetos úteis sejam produzidos em escala, em maior quantidade, com redução de custos e sem perda de qualidade do produto.

Ao longo das eras a profissão se destacou bastante entre as mais importantes. Em Juína, por exemplo, haviam mais de 40 marcenarias na década de 1980, mas nos dias atuais são poucas as que sobreviveram. Uma delas é a do Empresário Sidnei Marcos de Oliveira.

Amante da profissão desde criança, quando aprendeu dos pais os caminhos, nunca mais parou e hoje conta a nossa reportagem como foi chegar até aqui. “Não foi fácil, tanto que muitos desistiram da profissão, mas eu por amor ao que faço sempre continuei exercendo essa arte de construir móveis de madeira maciça, principalmente os de madeira nativa”, contou.

Apesar do histórico de sucesso, Sidnei revela que a profissão de marceneiro está aos poucos desaparecendo. “São poucas as pessoas que nos dias atuais topam fazer um curso de marceneiro e entrar de cabeça na profissão. Alguns quando ganham experiência partem para outras áreas, como é o caso da construção civil. Muitos decidiram abandonar a arte da marcenaria para trabalhar como pedreiro”, destaca.

Para combater essa prática, ele cobra mais incentivo e cursos na área. “Eu mesmo, através do SENAI, já ministrei um curso de marceneiro, mas infelizmente os 17 que participaram queriam apenas o ‘canudo’, já trabalhavam em marcenaria, queriam apenas o certificado. O que precisamos são de novas pessoas na profissão”, comenta.

Olhando para o futuro, Sidnei, que está há 30 anos na área, vê o ramo de marceneiro como uma excelente profissão, entretanto acredita que permanecerão apenas o que nutrirem amor pela profissão, como é o seu caso. "Eu não abandono essa área, tudo que tenho devo a profissão de marceneiro", concluiu.