Jaira Gonçalves de Arruda, a madrasta acusada de matar sua enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de apenas 11 anos, envenenada, teve sua prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (9). Ela foi encaminhada para a penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Jaira passou por audiência de custódia na 14ª Vara Criminal de Cuiabá, com o juiz Jurandir Florêncio de Castilho. O processo tramita em segredo de Justiça.
De acordo com o delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), a prisão preventiva da madrasta foi mantida. Ela já foi encaminhada à penitenciária feminina. O delegado também disse que Jaira deve ser ouvida amanhã pela Polícia Civil.
Motivação
A madrasta teria matado a garota por conta de uma herança que ela recebeu, em decorrência da morte de sua mãe no parto, por erro médico. Parte do dinheiro, cerca de R$ 800 mil, ficou guardado para que Mirella só pudesse usar quando atingisse 24 anos.
A ação para receber a indenização foi movida pelos avós materno da criança, que ingressaram na Justiça pela indenização em 2009. O processo foi encerrado neste ano.
O pagamento da ação começou em 2019. Até 2018, a menina era criada pelo avós paternos. Em 2017, a avó morreu e no ano seguinte, em 2018,m o avô faleceu também, e a garota passou a ser criada pelo pai e madrasta. A partir daí, começou o plano da mulher para matar a criança com o objetivo de ter acesso ao dinheiro.
A mulher, que não teve o nome divulgado ainda, foi ouvida após a morte da menina e contou que convive com o pai da vítima desde que ela tinha 2 anos de idade e que se considerava mãe dela. Ela declarou que a enteada começou a ficar doente em 17 de abril de 2019, apresentando dor de cabeça, tontura, dor na barriga e vômito. A suspeita foi levada para a sede da Deddica, em Cuiabá.