Uma denúncia de que presos estariam sendo torturados na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, está sendo investigada. A suspeita é de que as sessões de tortura teriam sido planejadas por organizações criminosas para incriminar os agentes penitenciários que participam da operação que começou há um mês, na unidade prisional, que é a maior do estado.
Após as agressões, os presos receberam atendimento médico e foram trocados de cela.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), os presos foram agredidos por outros detentos, no período inicial da operação deflagrada na unidade prisional, no dia 13 de agosto.
Informamos ainda que os presos agredidos receberam atendimento na enfermaria da penitenciária e foram removidos das celas onde estavam para outra na unidade prisional.
Um agente penitenciário filmou com o celular o momento em que um deles foi espancado.
Um inquérito foi aberto para investigar o caso, identificar os agressores e entender o motivo da ação.
A unidade tem atualmente mais de 2.400 presos em regime fechado.
As vítimas das sessões de tortura serão ouvidas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT).
Um agente do sistema prisional filmou o momento que um dos presos é agredido por colegas de cela. A gravação foi entregue a autoridades.
Outro vídeo mostra um dos presos, vítima de agressão, mostra o detento que teria cometido a violência. Uma das suspeitas é de que as ações tenham sido planejadas por líderes de uma organização criminosa, que estão presos, com o objetivo de criar instabilidade dentro da PCE, que passa por uma operação que diminuiu regalias aos reeducandos.
Uma das principais reclamações é quanto ao calor, já que os ventiladores foram retirados das celas, e agora ficam nos corredores.