Aumentou o número de mulheres assassinadas em Mato Grosso neste ano. Nos primeiros oito meses, 59 vítimas foram mortas. Foram seis a mais que o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (25) pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
No entanto, segundo a Sesp, nem todos os crimes podem ser tratados como feminicídio e que os dados desse tipo de crime serão divulgados em outubro.
Destes crimes, 37% ocorreram por motivação passional, 27% ainda estão sendo apuradas, 15% por envolvimento com drogas, 10% por rixa, 4% dos casos ocorreram por vingança, 3% por ambição, 2% por álcool e 2% por pedofilia.
No ano anterior, 2017, foram 52 mulheres mortas.
Já em relação ao meio empregado, em 34% dos casos foi utilizada arma de fogo, em 31% arma cortante ou perfurante, em 17% foram empregados outros meios, 8% dos autores utilizaram força muscular e 8% arma contundente e 2% veneno.
Os dados ainda apontam que quinta-feira foi o dia da semana com maior número de registros até agora. Doze mulheres foram mortas.
Em seguida, está sexta-feira, com 11 mortes; sábado com 9; quarta-feira com 8; domingo e segunda-feira tiveram 7 casos, cada; e na terça-feira, foram 5.
O local do fato chama a atenção nos casos de mortes que envolvem mulheres.
Do total de vítimas, 36 foram assassinadas em residência particular, 12 em via pública, seis em outros lugares, quatro em propriedades agrícolas e um em hotel.
Uma das mortes mais brutais de mulheres cometidas neste ano foi a de Thais Mara dos Santos Gomes, de 23 anos, em julho, em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Os suspeitos do crime são a sogra da vítima, Marta Moraes Alves, de 50 anos, e o marido, Daniel Cirilo, sogro de Thais. Todos estão presos.
A sogra teria feito ameaças de morte à Thais e acusado a jovem de que a criança não era filha biológica do filho dela.
Thais ainda teria comentado que ela tinha uma medida protetiva contra a sogra por conta de desentendimentos.