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Acusado de comandar jogo do bicho em MT, Arcanjo deixa a prisão com tornozeleira eletrônica

Arcanjo foi preso no dia 29 de maio suspeito de comandar o jogo do bicho em Mato Grosso, durante a Operação Mantus.

Data: Quinta-feira, 26/09/2019 13:37
Fonte: G1 MT

João Arcanjo Ribeiro deixou a Penitenciária Central do Estado (PCE) ainda na noite dessa quarta-feira (25), após a decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Ele deixou o presídio com o uso de tornozeleira, mas a audiência admonitória foi marcada para o dia 1º de outubro, quando o juiz de Execuções Penais deve decidir quais medidas cautelares ele deve cumprir.

Arcanjo foi preso no dia 29 de maio suspeito de comandar o jogo do bicho em Mato Grosso, durante a Operação Mantus.

Antes de ser preso preventivamente, Arcanjo já cumpria pena com tornozeleira eletrônica e medidas cautelares.

João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.

No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.

 

Operação Mantus

 

A Operação Mantus, que culminou na prisão de Arcanjo, foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para o cumprimento de mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra por Frederico Muller Coutinho.