O investimento foi alto: a estrutura montada em meio à Floresta Amazônica impressionou a polícia.
Foram encontradas 25 retroescavadeiras. As máquinas, avaliadas em R$ 600 mil, eram usadas para escavar encostas.
Grandes geradores faziam a ventilação em crateras por onde garimpeiros desciam até 60 metros de profundidade para encontrar jazidas.
Na principal entrada do garimpo, o grupo construiu uma 'casa' de madeira que funcionava como uma praça de pedágio. Para carros, motos e ônibus passavam, eram cobrados valores que variam entre R$ 20 a R$ 100 por dia.
Também era oferecido Wi-Fi por R$ 20 ao dia.
Os equipamentos foram queimados pela polícia federal e os buracos foram fechados com explosivos.
A situação é tensa no município de Aripuanã. Os garimpeiros que saíram da mata ocuparam as ruas da cidade. Comerciantes baixaram as portas. A polícia só consegue abastecer as viaturas com escolta, por causa do risco de ataques.
“Nós estamos aqui para trabalhar, todo material que nós compramos foi pago, nós temos compromisso com a cidade, com o comércio, então tem muitas pessoas que estão devendo aqui ainda, não tem como ir pra suas casas”, disse Antônio Vieira da Silva, representante dos garimpeiros.
A polícia prendeu 3 integrantes de uma quadrilha que extorquia pequenos garimpeiros que precisavam pagar para entrar na área e usar equipamentos.
A PF já identificou vários desses indivíduos, alguns estão presos, outros foragidos.
A Secretaria de Saúde do Estado (SES) de Mato Grosso declarou que, por causa desses garimpos, há um surto de malária no município. Os casos da doença passaram de cem para mais de 500.