O ex-cabo da Polícia Militar, Helbert de França Silva, condenado a mais de 100 anos de prisão, está sendo procurado pela polícia após fugir das instalações da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) no domingo (6).
Ele permanecia preso desde a Operação Mercenários, em junho deste ano.
O Comando Geral da Polícia Militar informou, por meio de nota, que determinou a instauração de procedimento para apurar a fuga do ex-cabo PM que cumpria prisão nas instalações do Batalhão Rotam, ocorrida na tarde desse domingo.
A fuga está sendo apurada por meio de uma sindicância instaurada pelo comando do Batalhão Rotam cuja tramitação tem o acompanhamento da Corregedoria Geral da PMMT.
O grupo, conhecido como 'Os Mercenários', era formado por seis policiais e outros civis. Ao todo, estima-se que, pelo menos, 15 pessoas tenham sido vítimas do grupo.
O grupo, segundo a denúncia, tinha aparato para cometer os crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e carros e motos com placas frias.
Além da prisão, Helbert foi condenado a perda do cargo de militar.
Conforme a sentença, os homicídios ocorreram no dia 13 de abril de 2016, por volta das 22h, em Várzea Grande. As vítimas Márcio Melo de Souza, Wellington Ormond Pereira e Vinícius Silva Miranda foram atingidas por disparos de arma de fogo. Na ocasião, o jovem Alan Chagas da Silva também foi atingindo, mas sobreviveu por circunstâncias alheias à vontade dos réus.
Segundo o Ministério Público, Helbert e José Edmilson chegaram juntos no local dos fatos, em um veículo e já desceram efetuando os disparos contra as vítimas. Somente Alan Chagas da Silva conseguiu pular o muro da casa e fugir. Os crimes aconteceram na Rua 11, Casa 14, Quadra 54, no bairro Cohab Cristo Rei.
Os sentenciados José Edmilson e Helbert de França Silva respondem a outras ações penais, todas pela prática de crimes dolosos contra vida, praticados por motivação e circunstâncias semelhantes ao caso que foi julgado.
Eles estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade. No mês passado eles foram submetidos ao júri popular e foram condenados a 30 anos de prisão, cada um, pelo homicídio qualificado praticado contra Luciano Militão da Silva e por tentativa de homicídio contra Célia Regina da Silva.
O MPE alega que o grupo “Os Mercenários”, formado por pelo menos seis policiais, além de civis, se associou mediante estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais.
Conforme apurado durante as investigações, os integrantes do grupo possuíam todo um aparato para cometer crimes, como armamento sofisticado, rádio amador, silenciador de tiros e diversos carros e motocicletas com placas frias. Estima-se que dezenas de pessoas tenham sido vítimas do grupo.