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Médica que descobriu câncer de mama ao tentar engravidar defende otimismo para enfrentar a doença

Data: Segunda-feira, 14/10/2019 08:53
Fonte: Olhar Direto

Foi em março de 2017 que a médica Larissa Chiuchi, hoje com 38 anos, descobriu que tinha câncer de mama. Não havia sintomas, casos na família, e nem mesmo estava em idade de risco: ela descobriu porque queria engravidar, e foi fazer exames de rotina. Após um ano e meio de tratamento, já curada, ela afirma que o otimismo, pensamentos positivos e fazer atividades que gosta a ajudaram a enfrentar o tratamento da doença.

Mas nem sempre foi assim. Logo que descobriu o nódulo, ela só conseguiu pensar em seus pais. “Na reação deles, no sofrimento que teriam... chorei muito, fiquei desesperada, negando a doença... tive muita preocupação com a minha mãe principalmente, em como ela receberia a noticia”, lembra.

Após o primeiro contato com a possibilidade de estar com câncer, ela passou por uma série de exames, como tomografia de tórax e abdome, ressonância das mamas, tomografia de crânio e Pet Scan. “Visto que a lesão estava apenas na mama direita, o oncologista me encaminho para o mastologista, e com ele realizei a cirurgia de mastectomia bilateral, com reconstrução e implante de próteses de silicone, em abril de 2017”.

Como queria ter filhos, Larissa fez o congelamento de óvulos, para preservar a fertilidade. Depois da cirurgia, ela ainda passou por dez meses de quimioterapia, e hoje segue tomando medicamentos, e sendo acompanhada pelo oncologista.

“A parte mais difícil foi durante o diagnóstico. A espera pelo resultado da biópsia, o medo do que poderia vir a partir daquele resultado. Depois, com o resultado em mãos, tive muito medo que a doença tivesse se espalhado para outros órgãos. A fase de estadiamento foi muito difícil”, lembra. “Depois, de todas as etapas, foi bastante difícil o pós-operatório da mastectomia, pois tive bastante dor”.Para completar, durante a primeira sessão de quimioterapia, Larissa teve uma reação alérgica ao medicamento, que teve que ser controlada com uso de corticoide. Na segunda fase, a ‘quimio vermelha’, apresentou náuseas, vômitos, lesões na boca, cansaço e fadiga.

Nada disso, no entanto, a abalou totalmente. “O que eu gostaria de dizer para quem está passando por essa situação, é sobre a importância de sermos otimistas e ter sempre e pensamentos positivos durante o tratamento. Essa atitude influencia muito na nossa recuperação”, afirma. “Durante meu tratamento eu tive essa postura. Primeiro porque eu não queria deixar as pessoas ao meu redor preocupadas ou tristes pelo que eu estava passando, e depois por ter a consciência de que, se eu me deixasse levar pelo medo, ansiedade e tristeza, minha imunidade poderia cair e atrapalhar minha recuperação”.

Com a consciência de que se sua imunidade caísse, ela poderia piorar, Larissa aprendeu a controlar os próprios pensamentos. Também se dedicou a atividades que lhe davam prazer, como yoga, meditação, músicas agradáveis, contato com a natureza e com os animais, além doo carinho dos amigos e da família. “Tive o apoio de amigas maravilhosas que me levavam para as orações e igrejas, e estive muito apegada a Deus, com muita fé sempre”, conta.

A cura veio um ano e meio depois, quando realizou novos exames, e nenhum deles apresento a presença da doença. Mas as mudanças para a médica ficaram para sempre. “Hoje me sinto uma pessoa mais forte, mais tranquila. Aprendi a valorizar mais o momento presente, as pessoas que me amam, as coisas simples da vida, sem muitas expectativas e ansiedades”, afirma. “Gostaria de dizer ainda, que o câncer e uma doença que não escolhe raça, classe social, idade, profissão, religião... todos nos infelizmente estamos sujeitos. Então, é importante que fiquemos atentos, nos cuidando, fazendo os exames de rotina, independente do histórico familiar o de sintomas. A prevenção e um ato de amor conosco”, finaliza.