A tarefa de entrecruzar todas essas informações manualmente explica, aliás, por que boa parte da produção agrícola se perdia ao longo do ano, bem como por que muitos animais confinados não produziam o que se imaginava.
Segundo Celidonio, há um lado positivo quando o assunto é a substituição da mão de obra humana por máquinas nas lavouras.
“Isso faz com que o número de pessoas empregadas nesse tipo de atividade tenha se diversificado. O lado interessante disso e desafiador é que a gente passa a demandar mão de obra cada vez mais qualificada", diz.
Os trabalhadores atuam na lavoura no maquinário fechado, com ar-condicionado, e nem precisam dirigir as máquinas. "Eles têm que ficar apenas monitorando as telas para observar se tem algum alerta para parada e fazer alguma correção”, destacou o superintendente.
Segundo ele, a partir do momento que se tem máquinas, softwares com maior capacidade, a demanda por pessoas vem caindo.
No setor do algodão, por exemplo, Celidonio destaca uma redução bem significativa no número de trabalhadores devido à invenção de uma nova máquina, que agora colhe e já entrega o algodão prensado.
“Obviamente que os softwares estão também trazendo uma economia de mão de obra. A diminuição de mão de obra em Mato Grosso ainda é pouco sentida porque existe um crescimento do agronegócio como um todo. A medida que você intensifica a pecuária, aumenta as áreas de lavoura, pode até estar sendo mais eficiente por área produzida, porém em um aspecto global essa área tem crescido”, diz ele.