O marido da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, e um policial militar foram indiciados pela Polícia Civil pelo assassinato dela, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. Ronaldo da Rosa, de 32 anos, e Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, foram indiciados por feminicídio e ocultação de cadáver. Os suspeitos do crime estão presos.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Muniz, o inquérito foi concluído e será encaminhado à Justiça nesta sexta-feira (18).
Zuilda ficou desaparecida por mais de 10 dias. O corpo dela foi encontrado em um córrego no dia 8 deste mês, em Sinop, depois da prisão do policial militar, que confessou o crime e indicou o local onde o corpo tinha sido deixado. Ele estava afastado da função de policial e prestava serviços no estabelecimento da família.
Ronaldo Rosa foi preso no último dia 11 pela Polícia Civil e já era considerado foragido.
De acordo com o delegado, vítima, o marido e o policial militar estavam em conflito.
À policial, o PM disse que a ideia inicial era apenas 'dar um susto na vítima', simulando uma tentativa de roubo, porém, a situação saiu do controle e eles acabaram matando a vítima.
O policial indicou ainda onde eles ocultaram o corpo da vítima, que foi encontrado a aproximadamente 1,5 quilômetros do local em que foi jogado, uma tubulação de bueiro localizada nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira, no município.
O corpo estava em avançado estado de decomposição, sem um dos braços e sem a cabeça.
O marido de Zuilda foi quem registrou um boletim de ocorrência, no dia 28, relatando o desaparecimento da mulher na noite anterior. À polícia, ele disse que encontrou a caminhonete dela com manchas que poderiam ser de sangue, além de fios de cabelo, indicando sinais de violência.
Na denúncia feita à polícia, o marido informou que convivia com Zuilda há cerca de 10 anos. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão.
Como ele está trabalhando com a venda de espetinhos, na região central da cidade, a deixou em casa por volta de 19h e voltou ao trabalho. Mais tarde, como a mulher não apareceu no espetinho, ele retornou na residência para verificar o que havia ocorrido.
Ronaldo constatou que a mulher e o veículo da família não estavam no local. Com isso, ele relata no boletim de ocorrência que imaginou que ela poderia estar na igreja e retornou para o trabalho.
Horas depois ele afirmou ter encontrado a caminhonete estacionada em frente da casa e trancada.
Ele disse ter entrado na casa, percebido que no quarto faltavam algumas roupas da mulher e dinheiro. E, então, afirmou ter pego a chave reserva, foi até o veículo e constatou sinais de manchas com sangue e fios de cabelo.
O marido disse ainda que estacionou a caminhonete no quintal e que o filho de Zuilda tentou achar o telefone dela e a localização apontou a própria casa da família, mas o aparelho não foi encontrado.